Passando por uma fase de desgaste, o presidente Jair Bolsonaro prepara um pacote de bondades a ser anunciado ainda neste mês para melhorar sua imagem e vitaminar sua campanha no ano que vem pela reeleição.
Devem fazer parte do pacote o aumento na faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física, a prorrogação do auxílio emergencial, um novo Bolsa Família e um reajuste para servidores.
Imposto de Renda
A primeira bondade é uma promessa de campanha até hoje não cumprida. Durante a eleição de 2018, Bolsonaro prometeu elevar a faixa de isenção de R$ 1.903,98 para R$ 5 mil. Depois, durante seu governo, baixou para R$ 3 mil. Agora, o estudo é garantir isenção até cerca de R$ 2.400 ou R$ 2.500.
Seria um aceno para o eleitorado de classe média, parte ainda apoiando o governo, outra parcela passando a desaprovar o presidente da República. Para bancar a bondade, o governo vai taxar a distribuição de lucros e dividendos em 20% de Imposto de Renda, mas em contrapartida reduzir o IR de empresas.
Auxílio emergencial
No caso da prorrogação do auxílio emergencial, a ordem do presidente Bolsonaro é que não ocorra o que aconteceu no início do ano, quando o benefício ficou um período sem ser pago aos vulneráveis. Isso gerou desgaste na imagem do governo.
A princípio, a prorrogação será por mais três meses, mas pode chegar a quatro meses, até que seja aprovada a terceira bondade, o novo Bolsa Família.
Novo Bolsa Família
A nova versão visa tirar a marca petista do programa, aumentando o valor máximo do benefício dos atuais R$ 190 para cerca de R$ 300. O nome será alterado e o novo Bolsa Família vai ampliar o público beneficiado, de 14 milhões de famílias para algo perto de 20 milhões.
Reajuste para os servidores
A quarta bondade encomendada pelo presidente à sua equipe econômica é um reajuste para os servidores públicos, que nos últimos dois anos estão ficando sem aumento salarial. O Palácio do Planalto quer diminuir as críticas entre os servidores ao presidente.
Evitar o racionamento
Por outro lado, o presidente deu outra ordem dentro do governo, para evitar mais notícias negativas. No caso, o risco de um racionamento por causa da crise hídrica. Bolsonaro pediu a seu ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para tomar todas as medidas necessárias para evitar um racionamento no país.
Um racionamento no momento em que a economia começa a se recuperar mais fortemente frustraria este momento de retomada da atividade econômica e desgastaria ainda mais o presidente da República.
Fonte: Blog do Valdo Cruz
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