O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cumpre agenda no Rio Grande do Norte nesta quinta-feira (24). O avião presidencial pousou no Aeroporto de Mossoró por volta das 9h10. Essa é a segunda vez que Bolsonaro visita o estado, desde que foi eleito.
O presidente desembarcou do avião sem máscara e cumprimentou apoiadores que se aglomeraram em frente ao Aeroporto. Parte deles também não usava a proteção.
Os ministros Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, e Fábio Faria, das Comunicações, que acompanham o presidente na visita, também estavam sem máscaras.
O uso de máscara para prevenção à Covid-19 é obrigatório no Rio Grande do Norte desde maio de 2020. O decreto estadual, no entanto, não estabelece multa. Já o município de Mossoró informou que também segue os decretos estaduais.
A comitiva embarcou em um helicóptero da Força Aérea e seguiu para Jucurutu, também no Oeste potiguar. No município, o presidente visitou as obras da Barragem de Oiticica, que é de responsabilidade do governo do estado e tem apoio financeiro da União.
No início da cerimônia de assinatura da liberação de recursos para as obras da Barragem de Oiticica o presidente Jair Bolsonaro pediu para a poetisa Larissa Dantas, de 10 anos de idade, tirar a máscara para declamar o cordel que fez para ele. Depois que a menina abaixou a máscara Bolsonaro fez 'joinha' aprovando a atitude.
Vacina
O presidente voltou a afirmar que não há corrupção em seu governo e afirmou que "não adianta inventar vacina".
Um contrato do governo para a aquisição da Covaxin, vacina fabricada na Índia, entrou na mira do Ministério Público Federal e da CPI da Covid. O contrato com a Covaxin foi firmado em fevereiro deste ano e as doses deveriam ter chegado em maio. O governo chegou a reservar R$ 1,6 bilhão para a compra, mas não chegou a efetivar o pagamento.
Em entrevista dada ao jornal "O Globo" nesta quarta-feira (23), o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) relatou suspeitas em torno da negociação do Ministério da Saúde com a Covaxin. Ele vai ser ouvido pela CPI nesta sexta (25). Ex-coordenador de Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Fernandes Miranda, irmão do deputado, citou "pressão atípica" para comprar o imunizante.
Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni afirmou nesta quarta que a fala do deputado se trata de "denunciação caluniosa" e disse que pedirá investigação da PF contra Miranda e seu irmão. Segundo o ministro, o presidente Bolsonaro pediu à Polícia Federal investigação sobre "todas essas circunstâncias expostas".
"Um governo que está completando dois anos e meio sem uma acusação sequer de corrupção. Não adianta inventar vacina, porque não recebemos uma dose sequer dessa que entrou na ordem do dia da imprensa ontem", afirmou o presidente, durante visita ao Rio Grande do Norte.
À tarde, em Pau dos Ferros, o presidente voltou a falar da compra da Covaxin. "E olha que me acusam de quase tudo, até de comprar uma vacina que não chegou no Brasil", disse.
Bolsonaro disse ainda que não tem que dar entrevistas e que não tem de responder "perguntas de muitos idiotas que o tempo todo só veem defeito da gente" .
Obras no estado
A estrutura deverá receber águas da transposição do Rio São Francisco e está com 90,8% das obras concluídas, segundo o governo federal. A obra teve licitação aberta em 2004, ordem de serviço assinada em 2013 e está orçada em R$ 657,2 milhões. Na cerimônia foram liberados R$ 38,2 milhões para continuidade da construção.
Ainda na agenda, o presidente seguiu para Pau dos Ferros, no Alto Oeste potiguar, onde participou da assinatura da ordem de serviço para construção do Ramal do Apodi.
Segundo o governo, o ramal vai levar as águas do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco a 54 municípios nos estados do Rio Grande do Norte (32), Paraíba (13) e Ceará (9), atendendo 750 mil pessoas. O investimento federal no empreendimento é de R$ 938,5 milhões.
Protestos
No período da tarde o presidente Jair Bolsonaro cumpriu agenda em Pau dos Ferros, mas desde às 10h manifestantes protestavam na Avenida Getúlio Vargas, rua principal da cidade. Eles seguravam faixas e cartazes com os dizeres ‘Fora Bolsonaro’ e ‘Fora Genocida’.
Ainda na quarta (24) foi instalado um outdoor com críticas ao presidente às margens da BR-405, mas o material foi retirado no mesmo dia por determinação do DNIT. Em nota, o DNIT informou que “todas as placas de publicidade na faixa de domínio desse segmento da BR-405/RN estão instaladas de maneira irregular e serão removidas, independentemente do teor das mensagens contidas, para atender o disposto no Código de Trânsito Brasileiro”.
Ainda na quarta (24) foi instalado um outdoor com críticas ao presidente às margens da BR-405, mas o material foi retirado no mesmo dia por determinação do DNIT — Foto: Cedida
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!