A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na sexta-feira (7) que aprovou a vacina contra a Covid-19 da farmacêutica chinesa Sinopharm para o uso emergencial. É o quinto imunizante a ser incluído em uma lista da entidade desde o início da pandemia.
A OMS já concedeu autorização similar às vacinas:
Pfizer/BioNTech
Johnson & Johnson
AstraZeneca/Oxford
Moderna
Uma aprovação pela agência de Saúde da ONU abre caminho para que a vacina possa ser distribuída pelo Covax Facility, o consórcio mundial organizado pela OMS para garantir um acesso mais igualitário aos imunizantes por países mais pobres.
"[A aprovação] amplia a lista de vacinas que o Covax pode adquirir e aumenta a confiança de países para que eles possam acelerar as decisões de suas agências regulatórias, importar e aplicar a vacina", disse em entrevista coletiva o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Lote de vacinas contra a Covid-19 da Covax Facility, aliança mundial comandada pela OMS, chega a Abidjan, na Costa do Marfim. em 25 de fevereiro de 2021. País é o 2º do mundo a receber doses da Covax, depois de Gana — Foto: Diomande Ble Blonde/AP
Acelerar o acesso
A brasileira Mariângela Simão, diretora-geral adjunta de Acesso a Produtos de Saúde da OMS, disse em um comunicado que a aprovação tem o potencial para acelerar o acesso da vacina a profissionais de saúde e a populações em risco.
"Pedimos ao fabricante que participe do Covax Facility e contribua para o objetivo de uma distribuição de vacinas mais equitativa", disse Simão.
O balanço mais recente do consórcio de vacinas apresentou que mais de 54 milhões de doses foram encaminhadas aos 121 países membros da aliança Covax – entre eles o Brasil, que tem direito a 10,5 milhões de doses intermediadas pela OMS.
Funcionário inspeciona doses de vacinas contra a Covid-19 em fábrica do Instituto de Produtos Biológicos de Pequim, que desenvolve o imunizante com a Sinopharm, em foto de 25 de dezembro de 2020. — Foto: Zhang Yuwei/Xinhua via AP
Vacina para adultos
A vacina da Sinopharm é do tipo "inativada", isso quer dizer que ela utiliza o método clássico para a produção de vacinas que usa um vírus "morto" para gerar uma reação imunológica dentro do organismo, preparando para uma resposta eficiente quando entrar em contato com o vírus ativo.
Infográfico mostra como funcionam vacinas inativadas contra o coronavírus — Foto: G1
A vacina é recomendada para adultos com 18 anos ou mais, em um cronograma de duas doses com um espaçamento de três a quatro semanas. A eficácia da vacina para a doença sintomática e hospitalizada foi estimada em 79%.
Fonte: G1
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