Amigos e familiares do ator e humorista Paulo Gustavo se reuniram no Santuário do Cristo Redentor , na Zona Sul do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (11) para a missa de 7º dia do artista.
O marido de Paulo, Thales Bretas, a mãe, Déa Lúcia, o pai, Júlio Barros e a irmã, Ju Amaral, sentaram-se na primeira fila da celebração e receberam os cumprimentos do reitor do santuário, Padre Omar.
Ele contou ainda com a ajuda dos padres João Damasceno e Jorjão para conduzir a celebração. O evento seguiu as normas internacionais contra o coronavírus e as regras da Arquidiocese do Rio de Janeiro e da Vigilância Sanitária.
Além da família, o empresário e amigo, Anderson Baumgartner, as atrizes Heloísa Perissé, Regina Casé e Samantha Schmütz estiveram presentes.
A diretora Susana Garcia, que também acompanhou Paulo Gustavo em seus últimos dias no hospital, também esteve na cerimônia.
A cerimônia, restrita à família e amigos próximos, teve transmissão pelo canal Multishow e também pela plataforma Globoplay Mais Canais, que estava com sinal aberto.
No início da trasmissão, a apresentadora do Multishow, Didi Wagner, lembrou que a missa era dedicada ao ator, mas também às mais de 423 mil vítimas da Covid no Brasil.
Com os olhos cheios de lágrimas, ela lembrou que era amiga do ator e disse que ele "fez história na TV e no cinema, e que sua militância era afetiva".
A madrasta do ator, Penha de Barros, bastante emocionada, fez a leitura inicial da missa.
Padre lembrou lado generoso do ator
Depois, o padre Jorjão fez a homilia da missa. Com humor, lembrou que já teve uma missa sua interrompida pelas risadas que vinham do teatro onde Paulo Gustavo, ainda no início da carreira, apresentava uma peça.Falou ainda como o ator praticava o evagelho com seu lado caridoso, que ajudava obras sociais e os doentes de Manaus, por exemplo.
Ao final de sua fala, pediu para que todos cuidassem de dona Déa Lúcia, mãe do ator, que Paulo gostaria que fizessem isso.
A atriz Regina casé participou do momento de exaltação à Nossa Senhora, com a apresentação da imagem de Nossa Senhora Aparecida e com a oração da Ave Maria e da Salve Rainha.
O ator Fábio Porchat falou sobre a escolha do Santuário do Cristo Redentor para a relização do evento.
"É um lugar mágico do Rio de Janeiro, no mundo, pruma pessoa do tamanho disso aqui, né? Do que significa uma das maravilhas do mundo. O Paulo era uma potência e uma força, então nada mais pertinente do que estar do lado de uma figura com tanta força, como o Cristo." Porchat
Cristo foi apagado em homenagem às vítimas de Covid
Ao final da missa de 7º dia, o monumento do Cristo Redentor, de forma inédita, foi apagado em homenagem às mais de 423 mil vítimas da Covid, ali reprensetadas pelo ator Paulo Gustavo.
O momento foi sucedido pelas músicas "Hallelujah" e "Pretty hurts", de Beyoncé, de quem o ator era fã.
A diretora Susana Garcia, que dirigiu alguns dos filmes de Paulo Gustavo, falou em nome dos amigos do ator e da família e forma muito emocionada.
"Todos que estão aqui experimentaram o seu amor. Hoje não tem outro nome o que sentimos: é dor. Você era explosão de alegria, generosidade, inteligência. Você era o agora. Como conviver com esse enorme vazio? Você está em nós, você está dentro da gente. Seremos cada vez mais força, coragem otimistmo e tudo aquilo que representa a vida", disse Susana.
Depois, a diretora deu palavra para a irmã do ator, Juliana Amaral, que muito chorosa leu o texto de "A morte não é nada", de Santo Agostinho, e terminou dizendo: "Tatau, eu te amo, irmão", disse.
Na sequência falou Thales Bretas, marido do ator.
Morte por Covid
Paulo morreu na última terça-feira (4), aos 42 anos, vítima de Covid. Criador de Dona Hermínia e de outros personagens inesquecíveis no teatro, na TV e no cinema, ele estava internado desde 13 de março no Hospital Copa Star, em Copacabana, na Zona Sul do Rio.
O corpo do ator foi cremado na última quinta (6).
Lembrança da despedida
Em entrevista ao Fantástico deste domingo (9), a família de Paulo Gustavo contou como foram os últimos instantes da vida do artista. Segundo a mãe de Paulo, Dona Déa Lúcia, o ator, diretor e comediante morreu durante a Oração de São Francisco — que ele gostava de ouvir cantada desde criança
"A gente foi chamada no hospital porque ele teve morte cerebral. Nós quatro, [o pai] Júlio, eu e [a madrasta] Penha, ficamos ali. [A irmã] Juliana numa mão, na mãozinha dele, eu na outra, o [marido] Thales no pé e o Julio fazendo carinho na cabeça. Eu chamei: Penha, segura aqui comigo porque você também participou da vida dele", lembrou Déa.
"Aí cantamos a oração de São Francisco porque ele sempre pedia, desde pequeno, pra eu cantar a Oração de São Francisco", diz Déa.
"A frequência foi caindo até ficar piscando igual... e parou... durante a oração", completou Júlio. "Foi uma despedida bonita", acrescentou Déa.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!