O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, inflou o número de vacinados no Brasil em um encontro com empresários na manhã desta segunda-feira (3), na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no Centro da capital paulista.
"Hoje já temos imunizados com as duas doses cerca de 18% da população brasileira. Isso é um dado importante, e vamos avançar mais. Mais de 70 milhões de doses de vacinas já [foram] distribuídas".
No entanto, segundo o último balanço do consórcio de veículos de imprensa, divulgado neste domingo (2), a segunda dose foi aplicada em 15.869.985 pessoas - 7,49% da população do país. Com a primeira dose, são 31.875.681 de imunizados (15% da população).
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em encontro na Fiesp, em São Paulo, na manhã desta segunda, 3 de maio — Foto: Reprodução/Youtube
Neste domingo, 109.607 doses foram aplicadas no Brasil, sendo 63.595 da primeira dose e 46.012 da segunda.
Em nota, na tarde desta segunda, a pasta informou que, em sua declaração, o ministro se referiu à porcentagem do grupo prioritário que já foi vacinado com as duas doses, que equivale a 18%.
Novo contrato com a Pfizer
O ministro da Saúde voltou a dizer que o governo federal está "na iminência" de assinar um novo contrato com a farmacêutica Pfizer, mas não detalhou quando a nova compra será firmada.
"Um contrato com a Pfizer já está na iminência de ser fechado, para 100 milhões de doses de vacina. Ou seja, o Brasil terá à disposição da sua sociedade 200 milhões de doses da vacina Pfizer".
Segundo Queiroga, esse segundo contrato prevê a chegada de 35 milhões de doses em outubro.
O primeiro contrato com a Pfizer, assinado em março, também é de 100 milhões de doses, que estão previstas para chegarem até o fim do terceiro trimestre deste ano. O primeiro milhão chegou na última quinta-feira (29).
No encontro na Fiesp, o ministro reafirmou que toda a população brasileira será vacinada até o final de 2021.
Atraso na segunda dose da Coronavac
O ministro também citou o atraso na aplicação da segunda dose da Coronavac, e culpou o atraso na chegada de matéria-prima para a vacina.
"Pena que essa ação muito forte [de distribuição das doses pelo Ministério da Saúde] seja relativizada em face de um eventual atraso de uma segunda dose de um imunizante feito aqui no Brasil, que não decorre da responsabilidade do Instituto Butantan, e sim de retardo na chegada de IFA ao país".
Segundo Queiroga, esse atraso se deu por "questões logísticas próprias da indústria chinesa" e não por problemas diplomáticos. "Nós temos excelente relação com o governo chinês", afirmou.
Com a escassez de doses, ao menos sete capitais estão com a imunização da segunda dose suspensa nesta segunda - Aracaju, Belo Horizonte, Belém, Campo Grande, Porto Alegre, Porto Velho e Recife.
Fonte: G1
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