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segunda-feira, maio 31, 2021

Desnutrição aguda dispara entre crianças do Haiti, alerta Unicef

Os casos de desnutrição possivelmente fatal devem mais do que dobrar entre crianças pequenas do Haiti neste ano devido à Covid-19, à violência das gangues e a eventos climáticos extremos associados à mudança climática, alertou o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef) nesta segunda-feira (31).


Enfermeira pesa uma criança em hospital de Porto Príncipe, no Haiti, em 29 de janeiro de 2021 — Foto: Valerie Baeriswyl//Reuters


Há tempos o Haiti, o país mais pobre das Américas, tem um dos maiores índices mundiais de insegurança alimentar e desnutrição, mas isto piorou nos últimos anos.


Secas e tempestades fortes mais frequentes devastam plantios, e protestos antigoverno transtornam a economia e diminuem a renda já baixa dos haitianos. A pandemia e a violência crescente das gangues estão causando ainda mais estragos e impedindo que as famílias tenham acesso a serviços de saúde.



Cerca de 4,4 milhões de haitianos, quase metade da população, estão enfrentando uma insegurança alimentar "altamente aguda", de acordo com a análise da Classificação Integrada de Fase de Segurança Alimentar das Nações Unidas (IPC). Já o Unicef estima que 86 mil crianças de menos de cinco anos podem ser afetadas por uma desnutrição "grave e aguda" neste ano – em 2020 foram 41 mil.


É preciso mais iniciativas de assistência para os afetados, disse Jean Gough, diretor regional do Unicef para a América Latina e o Caribe, à Reuters em uma entrevista no final de uma visita de sete dias ao Haiti.


Até agora, a pandemia causou um número relativamente pequeno de mortes no Haiti, mas muito dano colateral, e as fatalidades estão voltando a subir em meio à chegada de novas cepas.


Fonte: Reuters

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