A Casa Branca informou nesta terça-feira (4) que planeja enviar US$ 20 milhões (cerca de R$ 110 milhões) em medicamentos que são usados no chamado "kit intubação" para o Brasil. Pouco depois, em entrevista coletiva, Joe Biden deu a entender que o Brasil poderia também receber doses de vacinas.
Paciente intubado no Hospital das Clínicas, no dia 17 de março — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Em resposta a uma jornalista – que perguntou sobre remessas de vacinas para Índia e Brasil – Biden disse que até 4 de julho os EUA terão enviado 10% de seu estoque "para algumas nações, incluindo algumas das que você mencionou".
Os EUA compraram 300 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca, mas ela ainda não foi autorizada para uso no país. No mês passado, México e Canadá foram os primeiros a receber 4 milhões de doses emprestadas dos americanos.
Presidente dos EUA, Joe Biden, em entrevista coletiva na Casa Branca em 4 de maio de 2021 — Foto: Jonathan Ernst/Reuters
Intermédio da OPAS
A transferência dos medicamentos para a intubação é intermediada pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) no continente americano.
"[O envio dos medicamentos] ainda não foi finalizado, mas nós estamos trabalhando em parceria com o governo do Brasil para isso", disse Jen Psaki, secretária de imprensa do governo Biden.
Os medicamentos – usados no tratamento de casos graves de Covid-19 – que serão enviados ao Brasil fazem parte do estoque estratégico mantido pelo governo americano dentro do seu território.
Ajuda internacional
Na semana passada, os Estados Unidos anunciaram o envio de suprimentos para o combate ao coronavírus na Índia em um valor estimado em US$ 100 milhões (cerca de R$ 535 milhões).
Os voos de assistência do governo dos EUA, carregados com equipamentos hospitalares e remédios, começaram a chegar à Índia na sexta-feira (30).
No mês passado, a Opas se comprometeu a ajudar o Brasil a comprar sedativos e outras drogas para intubar pacientes no país, em um momento de baixa nos estoques hospitalares.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma autorização emergencial para simplificar o processo de importação, aprovação e distribuição de medicamentos para intubação.
Fonte: G1
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