A Rússia anunciou que começará na sexta-feira (23) a retirar seus soldados das proximidades da fronteira com a Ucrânia e também da região da Crimeia, que foi anexada pelos russos em 2014.
As manobras militares perto da Ucrânia provocaram grande preocupação da comunidade internacional.
"As tropas demonstraram sua capacidade de garantir uma defesa confiável", afirmou o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, em um comunicado, no qual afirma que deu a ordem de retorno para suas "bases permanentes" a partir de sexta-feira.
Soldados na Crimeia
Os soldados mobilizados na Crimeia devem partir até 1º de maio, segundo o ministro.
Shoigou visitou a Crimeia, península anexada pela Rússia em 2014, para acompanhar os exercícios militares em um momento de tensão com Kiev e com os países ocidentais.
O ministério da Defesa informou que as manobras envolveram 10 mil militares, a Aeronáutica, quase 40 navios, defesa antiaérea e tropas aerotransportadas.
A Rússia intensificou nos últimos dias os exercícios no Mar Negro e na Crimeia, depois de mobilizar dezenas de milhares de militares na fronteira com a Ucrânia, país com o qual mantém relações tensas desde 2014.
O governo da Ucrânia luta no leste contra separatista pró-Rússia.
Os ucranianos expressaram o medo de uma "invasão" russa. Moscou afirma que não ameaça ninguém e denuncia provocações ucranianas e as atividades "ameaçadoras" da Otan em suas fronteiras.
Fonte: France Presse
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