Os Estados Unidos esperam que o Brasil se prontifique a atacar mais diretamente o desmatamento ilegal que acontece no país, e que as ações brasileiras para combater a crise do clima sejam ambiciosas, disse uma autoridade do governo dos EUA em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (21).
Incêndio na floresta amazônica se aproxima da casa de Miraceli de Oliveira, no interior de Rondônia — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
A ideia dos americanos é só colaborar depois que o Brasil agir sozinho, inicialmente, para que outros países colaborem na conservação e nas políticas para diminuir as emissões de gás carbônico.
Os EUA organizaram uma conferência que acontecerá de forma virtual entre líderes de países para conversar sobre as políticas de enfrentamento da mudança climática.
Esse evento acontecerá na quinta-feira (22) e na sexta-feira (23).
Nesta quarta-feira, véspera do encontro virtual, duas pessoas do governo deram declarações à imprensa, mas sem revelar seus nomes ou cargos. Um deles falou sobre o Brasil.
Ele afirmou que os americanos entendem que o presidente Jair Bolsonaro está ponderando quais devem ser os próximos passos, especialmente nos planos para conter o desmatamento.
Os americanos afirmaram ao governo brasileiro que têm interesse em ver ação imediata, como conter o desmatamento. Segundo eles, é nítido que haverá compromisso global para auxiliar o Brasil. No entanto, se os países não avançarem sozinhos, será difícil para terceiros se envolverem, afirmou ele.
Encontro de cúpula
No encontro, o presidente Joe Biden deverá anunciar qual é a meta dos EUA para cortar emissões de gases que aquecem o ambiente.
O encontro de cúpula, segundo o governo americano, servirá para que os EUA mostrem qual será a sua política doméstica. A intenção é também estimular outros países para que também adotem metas mais ambiciosas nas suas políticas de combate às mudanças climáticas.
Os EUA estabeleceram como meta manter o aquecimento global em 1,5º C.
Serão cerca de 40 países que, juntos, representam uma parte grande das emissões globais (segundo o funcionário do governo americano, de 74% a 80%).
A ideia é discutir, entre outros temas, como parar de cortar florestas, como reduzir o custo de tecnologias que emitem menos gases que aquecem o planeta e como criar financiamento e uma economia em torno dessas metas.
Fonte: G1
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