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quarta-feira, abril 28, 2021

Astronauta Michael Collins, piloto da missão lunar Apollo 11, morre aos 90 anos

O astronauta Michael Collins, piloto da missão Apollo 11 – que levou Neil Armstrong e Buzz Aldrin para a Lua em 1969 –, morreu aos 90 anos nesta quarta-feira (28) por conta de um câncer, informou sua família em um comunicado.


"Nós lamentamos compartilhar que nosso amado pai e avô morreu hoje após uma valente batalha contra o câncer", diz a família em nota.


Michael Collins participou da missão pioneira dos EUA que levou Neil Armstrong e Buzz Aldrin para a Lua em 1969 — Foto: Kat Vinson/Arquivo Pessoal


Collins, por ser o piloto da missão que levou os três astronautas para a Lua há mais de 50 anos, permaneceu todo o tempo em órbita e não chegou a pisar no satélite natural. Isso para garantir o retorno seguro dos três astronautas.


Neil Armstrong, Michael Collins e Buzz Aldrin, os tripulantes da histórica missão Apolo 11 — Foto: Nasa/BBC


Com a morte de Collins, Buzz Aldrin se tornou o único membro vivo da missão. Ele completou, em janeiro, 91 anos. Neil Armstrong, que foi o primeiro homem a pisar na Lua, morreu em 2012, aos 82 anos.


Aldrin escreveu sobre o amigo e compartilhou uma foto antiga em que ele aparece abraçando Collins, que está ao lado de Armstrong, dentro da espaçonave que projetou os três em direção à Lua.


"Querido Mike, onde quer que você esteve ou vai estar, você sempre terá o fogo que nos carregou para novas alturas e para o futuro. Vamos sentir sua falta. Que descanse em paz", escreveu o astronauta.


Buzz Aldrin abraça Michael Collins ao lado de Neil Armstrong em foto da época da missão lunar Apollo 11 — Foto: Buzz Aldrin/Arquivo Pessoal


'Outro mundo'

A agência espacial norte-americana, Nasa, lamentou a morte de Collins em uma rede social e destacou sua importante missão como o piloto da primeira viagem na história da humanidade a levar astronautas para "outro mundo".


"Um defensor da exploração, o astronauta Michael Collins inspirou gerações e seu legado nos projeta mais fundo no cosmos", disse a Nasa.

Segundo os familiares de Collins, o astronauta passou seus últimos dias "em paz" e ao lado da família. Em nota eles destacam ainda que ele enfrentou seu "último desafio" como encarava todos os que surgiam pela frente: "com graça e humildade".


'O peso do mundo'

Em 2019, durante uma visita ao Cabo Canaveral, na Flórida, de onde partiu para a missão pioneira, Collins falou com a imprensa e disse que "sentia o peso do mundo" sobre os ombros.


Michael Collins, à direita, conversa com o diretor do Centro Espacial Kennedy em sua visita ao Complexo de Lançamentos 39A, na Flórida — Foto: Frank Michaux/NASA


"A Apollo 11 foi uma coisa séria. Nós da tripulação sentimos o peso do mundo em nossos ombros. Todos os olhos estavam voltados para nós, queríamos ser os melhores possíveis", lembrou na ocasião.


Enquanto seus colegas caminhavam sobre a superfície lunar recolhendo materiais para estudo, Collins foi o responsável por manter o controle da aeronave que orbitava ao redor da Lua para assegurar o retorno dos pioneiros à Terra.


De volta ao nosso planeta, o piloto abandonou a carreira na Nasa para trabalhar na Casa Branca em 1970. Depois desta investida na política, Collins dirigiu o Museu Smithsonian de Washington e abriu uma consultoria aeroespacial.


Fonte: G1

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