quinta-feira, março 11, 2021

VÍDEO mostra alertas ignorados da OMS e embates na condução da crise mundial



Em 11 de março de 2020, há um ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o início da pandemia de coronavírus. No anúncio, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanon, pediu calma, informou que a declaração não alterava a ameaça representada pelo coronavírus e que os países já haviam sido informados sobre como agir contra o vírus.


De fato, o primeiro informe da OMS sobre o então surto de coronavírus ocorreu em 5 de janeiro de 2020, uma semana após Wuhan, na China, divulgar o primeiro caso de uma "pneumonia" muito mais mortal. Neste documento, a organização já alertava sobre a necessidade de lavar as mãos com água e sabão, não tocar rosto ou coçar nariz e olhos, distanciamento social, entre outras informações essenciais para evitar a contaminação.


No final de janeiro do ano passado, Tedros reuniu os jornalistas mais uma vez para confirmar as suspeitas de que o coronavírus é transmitido de pessoa a pessoa e chamou a atenção do mundo para o número de infectados entre os profissionais da saúde.


Algumas falhas, contudo, ocorreram na condução da pandemia neste um ano. Em junho, a diretora técnica da OMS, Maria van Kerkovh afirmou que não existiam dados consistentes que demonstrassem que assintomáticos também transmitiam a Covid-19. Uma semana depois, a entidade voltou atrás e confirmou que assintomáticos transmitem o vírus.


A organização também foi criticada pela demora em se posicionar sobre alguns temas essenciais, como a transmissão da Covid-19 pelo ar e a ineficácia dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da doença.


Entre falhas e acertos, a OMS já fez mais de 60 alertas e recomendações neste um ano de pandemia e um deles foi dirigido especialmente ao Brasil.


"A situação é muito séria, muito preocupante. As medidas de saúde pública que o Brasil deveria adotar deveriam ser agressivas – enquanto, ao mesmo tempo, distribui vacinas", disse Tedros em 5 de março.


"(...) Se o Brasil não for sério, vai continuar a afetar toda a vizinhança lá e além. Não é só sobre o Brasil." - Tedros Adahnon, diretor-geral da OMS


Fonte: G1

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