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quinta-feira, março 04, 2021

'Sem saúde, não há economia', diz Guedes no dia em que Bolsonaro xinga de 'idiota' quem pede vacina



O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu em vídeo divulgado nesta quinta-feira (4) que haja vacinação em massa contra a Covid-19 e que é preciso colocar "a saúde em primeiro lugar" porque "sem saúde, não há economia".


Segundo a assessoria do ministro, a gravação foi feita nesta quinta, mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro xingou de "idiota" quem defende a compra de mais vacinas, acrescentando: "Só se for na casa da tua mãe" – veja no vídeo mais abaixo.


No vídeo, Guedes aparece ao lado do senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da proposta de emenda à Constituição conhecida como PEC Emergencial, aprovada pelo Senado nesta quinta. Na gravação, o ministro comemora a aprovação do texto.


"Nós precisamos de saúde, emprego e renda. Primeiro, a saúde. Sem saúde, não há economia. E, da mesma forma, a vacinação em massa é o que vai nos permitir manter a economia em funcionamento", afirma Guedes no vídeo.

"Essa é a nossa pauta e nós vamos enfrentar esse desafio terrível que nós estamos enfrentando com a mesma coragem, a mesma determinação e a mesma cooperação de sempre", acrescentou o ministro.


Bolsonaro

Mais cedo, nesta quinta, o presidente Jair Bolsonaro afirmou em Uberlândia (MG) que "tem idiota" que pede ao governo que compre mais vacinas contra a Covid-19.


Em seguida, o presidente acrescentou: "Só se for na casa da tua mãe. Não tem [vacina] para vender no mundo."


Também nesta quinta, Bolsonaro afirmou em uma viagem a Goiás que é preciso "enfrentar os problemas".


No discurso, também disse que "chega de frescura, de mimimi" e questionou: "Vão ficar chorando até quando?".


Governadores

O colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti informou que, nesta quinta, governadores de 14 estados enviaram uma carta a Bolsonaro na qual pediram que o governo federal adote medidas e procure organismos internacionais a fim de adquirir mais doses de vacinas.


Os governadores alegam no documento que estão no "limite" e que a vacinação em massa "é a alternativa que se afigura como a mais recomendável, e, provavelmente, a única capaz de deter a pandemia".


"Neste momento, há novas, reais e importantes justificativas para que o Brasil obtenha, com celeridade, novas remessas de imunizantes, a principal delas é a chegada e a rápida disseminação, já no estágio de transmissão comunitária, da nova variante P1, que tem se revelado ainda mais letal, prejudicando os esforços para proteger a vida de nossas cidadãs e cidadãos, bem como de suas famílias", afirmam os governadores no documento.


"O mundo acompanha com preocupação o rápido avanço do contágio por essa variante no Brasil, o que torna o bloqueio da disseminação desse tipo de vírus matéria de interesse de diversas nações, inclusive porque outras variantes podem dela advir", acrescentaram.


Fonte: G1

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