O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta quarta-feira (24) a criação de uma secretaria específica no ministério para discutir medidas de combate à Covid-19. Segundo Queiroga, o presidente Jair Bolsonaro lhe deu "absoluta autonomia" para montar a equipe da pasta.
Queiroga deu as declarações ao conceder uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto, da qual também participaram os ministros Fernando Azevedo (Defesa), Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e Fábio Faria (Comunicações).
"O senhor presidente da República me deu absoluta autonomia para indicar o secretariado do Ministério da Saúde. E eu o fiz buscando as melhores pessoas para que tenhamos maior sucesso na concretude das políticas públicas", declarou Queiroga no Planalto.
"Nós estamos agora com um firme propósito, e essa é uma providência do momento, de instituir uma secretaria especial para o combate à pandemia de Covid-19. Essa secretaria vai cuidar somente da pandemia, porque sabemos que, além da pandemia, as pessoas continuam tendo outros males", acrescentou o ministro.
Na mesma entrevista, Queiroga afirmou que a meta é vacinar 1 milhão de pessoas por dia a "curto prazo".
Segundo o consórcio de veículos de imprensa, com base em dados das secretarias estaduais de Saúde, 6,04% da população foi vacinada até as 20h21 desta terça (23). Ao todo, 12,7 milhões de pessoas foram vacinadas até agora.
Durante a entrevista, o ministro anunciou o novo secretário-executivo da pasta, Rodrigo Castro (funcionário de carreira do Ministério da Saúde), e o novo secretário de Atenção à Saúde do ministério, Sérgio OKane (diretor-executivo do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo).
'Voto de confiança'
Queiroga ainda aproveitou a entrevista para pedir um "voto de confiança" da imprensa.
"Conto com a apoio de vocês. Eu queria pedir a vocês da imprensa, que nós sabemos a importância que vocês têm no regime democrático, para nos dar um voto de confiança, para que a gente possa trabalhar juntos pelo Brasil e assim consigamos vencer essa pandemia", declarou.
"Vamos trabalhar forte. E vocês devem nos criticar. Não há problema. As críticas de vocês nos ajudam. Eu já falei que sou católico e sou devoto de Santo Agostinho. Prefiro os que me criticam do que os me bajulam. Os que criticam me dizem a verdade e os que me bajulam querem me corromper. Então, vamos trabalhar aqui em harmonia", completou.
Bolsonaro anuncia comitê
Mais cedo nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com chefes de poderes, ministros e governadores.
Após o encontro, anunciou a criação de um comitê com o Congresso Nacional para discutir medidas contra a Covid.
A reunião aconteceu no pior momento da pandemia no Brasil. Nesta terça (23), o país atingiu recorde de mais de 3 mil mortes em 24 horas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que vê com "grande preocupação" a situação do Brasil, o país é o segundo em maior número mortes, atrás somente dos Estados Unidos.
Fonte: G1
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