Manifestantes voltaram às ruas de Beirute, capital do Líbano, nesta terça-feira (16), diante de um cenário ainda pior da mais severa crise econômica sofrida pelo país desde a Guerra Civil (1975-1990).
Jovem vendedor de flores em Beirute, no Líbano, assiste a pneus queimarem durante protesto contra a crise econômica nesta terça-feira (16) — Foto: Hussein Malla/AP Photo
Nos protestos, alguns participantes incendiaram pneus e bloquearam ruas com caçambas de lixo. Apesar disso, não há relato de grandes confrontos entre os manifestantes e as forças de segurança do Líbano.
Manifestante participa de protesto em Beirute contra crise econômica no Líbano ao lado de caçamba incendiada nesta terça-feira (16) — Foto: Hussein Malla/AP Photo
Manifestante protesta contra governo e caos econômico no Líbano durante ato em Beirute nesta terça-feira (16) — Foto: Hussein Malla/AP Photo
A moeda libanesa perdeu 90% de seu valor desde outubro de 2019, quando começou uma série de protestos contra o governo acusado de corrupção e de travar o crescimento econômico do país. Somente nas últimas semanas, o câmbio caiu 25%.
A previsão do Banco Mundial é de que a economia do Líbano tenha sofrido retração de 19,2% em 2020. Estima-se que mais da metade da população esteja em situação de pobreza.
Explosão e impasse político
A situação foi agravada por uma forte explosão no porto de Beirute em agosto de 2020 destruiu parcialmente a capital do Líbano e ampliou o estrago econômico já potencializado pela pandemia do coronavírus. O número de mortos no incidente chegou a 211.
O então primeiro-ministro, Hassan Diab, pediu demissão dias depois do desastre. O nome de Saad Hariri recebeu a nomeação para assumir o cargo, mas desentendimentos entre ele e o presidente Michel Aoun emperram a formação de um novo governo e meio à crise.
Fonte: G1
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