A Itália, em grande parte confinada a partir desta segunda-feira (15) para frear a propagação do coronavírus, aposta em uma melhora "na segunda metade da primavera" boreal, disse neste domingo (14) o ministro da Salúde, Roberto Speranza.
Palácio Montecitorio, sede da Câmara da Itália, diante de praça quase vazia em Roma por causa da pandemia do coronavírus, em foto de 9 de fevereiro — Foto: Yara Nardi/Reuters
"A implementação de medidas mais rigorosas e o aumento progressivo de pessoas vacinadas nos levam a pensar que teremos números melhores na segunda metade da primavera", declarou o ministro em entrevista publicada neste domingo no jornal La Repubblica.
"O fato novo são as variantes, a inglesa especialmente que prevalece no nosso país (...) e representa 54% dos casos, apesar de esperarmos um número mais alto" no futuro, afirmou.
"Cada dose de vacina injetada é um passo na direção para uma saída da crise", comentou Speranza.
A maior parte da Itália deverá permanecer confinada a partir de segunda-feira devido às novas restrições pelo aumento dos casos de coronavírus.
As regiões mais populosas do norte da península, entre elas Lombardia com Milão, e Lacio com Roma, serão classificadas como "áreas vermelhas" a partir de segunda-feira.
Segundo a classificação por cores, a área vermelha é a mais contagiosa e envolve o fechamento de escolas e universidades, assim como de bares, cafeterias e restaurantes (exceto para levar).
As outras regiões foram declaradas área laranja, de contágio intermediário, segundo o ministério.
Somente a ilha de Cerdenha é área branca, ou seja, sem contágios, depois de ter submetido toda a população a testes anticovid.
Um Conselho de Ministros realizado na sexta-feira decidiu que, de 15 de março a 6 de abril, as regiões "onde o número semanal de contágios superar os 250 por 100.000 habitantes passarão a ser consideradas vermelhas".
A Itália, com 102.000 mortes desde o início da pandemia, teve no sábado em 24 horas 26.000 casos e 317 novas mortes.
Fonte: France Presse
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