Homens armados tentaram novamente sequestrar estudantes no Estado de Kaduna, na Nigéria, durante a madrugada deste domingo (14), disse um funcionário do governo estadual, enquanto 39 alunos seguem desaparecidos após um ataque anterior.
Ataques realizados por gangues armadas se intensificaram em todo o noroeste da Nigéria nos últimos anos. Quatro sequestros de estudantes ocorridos desde dezembro provocaram indignação em todo o país.
Cerca de 39 estudantes, incluindo uma mulher grávida, ainda estão desaparecidos do sequestro de quinta-feira (11) no Colégio Federal de Mecanização Florestal, no noroeste da Nigéria.
Samuel Aruwan, comissário de segurança interna e de assuntos domésticos do Estado de Kaduna, disse que a polícia, o exército e outras forças de segurança repeliram os ataques a outra escola e a um escritório do governo local perto do aeroporto de Kaduna.
"O governo de Kaduna estende sua solidariedade inequívoca aos militares, polícia, Departamento de Serviços do Estado e outras agências de segurança, cuja rápida intervenção evitou que os bandidos sequestrassem mais pessoas", disse Aruwan.
Foram contabilizados todos os 307 alunos da Escola Secundária de Ciências do Governo em Ikara, disse Aruwan, acrescentando que o exército e a força aérea também evitaram um ataque numa área onde vivem funcionários públicos na aldeia de Ifira, próxima à área governamental local de Igabi.
Aruwan não comentou um vídeo que circulou no sábado de alunos desaparecidos do Colégio Federal de Mecanização Florestal, mostrando-os sendo espancados e se encolhendo.
Nesse vídeo, um estudante universitário disse que seus captores queriam um resgate de 500 milhões de nairas (ou 1,3 milhão de dólares).
"Como governo, nosso foco é recuperar os alunos desaparecidos e prevenir novos episódios de sequestros em escolas", disse Aruwan.
O presidente nigeriano Muhammadu Buhari, falando em mensagem de vídeo publicada no Twitter neste domingo, ordenou que os Estados resolvam as questões de segurança em todos os níveis e disse que os chefes do serviço militar se encarregarão rapidamente das questões de segurança mais amplas.
"Seremos muito duros com os criminosos", disse ele, acrescentando que "a confiança deve ser restaurada nas próximas seis semanas".
Fonte: Reuters
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