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segunda-feira, março 29, 2021

Forçado a pedir demissão, Ernesto Araújo busca 'prêmio de consolação'; nome não passa no Senado para embaixador



O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi forçado a pedir demissão depois que sua permanência no cargo ficou inviabilizada. A auxiliares, o chanceler passou uma versão diferente, de que teria "pedido demissão" do posto.


Ernesto também já foi avisado por integrantes do governo de que não há ambiente no Senado para aprovar seu nome para o comando de alguma embaixada de destaque.


Portanto, a alternativa seria um "prêmio de consolação" em algum consulado ou cargo administrativo no governo, ou ainda um posto em organismo multilateral que não passe pelo aval dos senadores.


Desde a semana passada, Ernesto Araújo já tinha sido avisado que sua situação era insustentável. Como informou o blog, o presidente Jair Bolsonaro só aguardava uma janela de oportunidade para fazer a troca no Ministério das Relações Exteriores, sem parecer que estava realizando a mudança por pressão política.


O ministro ainda tentou reverter o veto político do Congresso em um encontro na semana passada com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). Mas não teve sucesso e ainda foi criticado publicamente pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.


Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro ouvidos pelo blog dizem que o ministro das Relações Exteriores, ao perceber a situação irreversível, buscou uma "saída honrosa" frente à ala ideológica da base do governo. Para isso, tentou associar a pressão por sua demissão a um lobby em relação ao 5G.


Aliados do governo afirmam que a publicação de Araújo em uma rede social neste domingo (28), na qual citou a senadora Kátia Abreu (PP-TO), na prática, foi um reconhecimento de que o diplomata já estava fora do governo.

Fonte: G1

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