A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou, nesta segunda-feira (15), que vai entregar as primeiras doses da vacina contra Covid-19 produzidas pela instituição ainda nesta semana. Serão 1 milhão e 80 mil doses até sexta-feira (19).
Sede da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio — Foto: Reprodução/JN
As primeiras 500 mil vão ser entregues até quarta (17). As outras 580 mil até o dia 19. A entrega será feita ao Plano Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, que fará a distribuição aos estados.
Ainda de acordo com a Fiocruz, 3,8 milhões de vacinas serão entregues até março. A expectativa é que, no final do mês, a produção diária chegue a um milhão.
As vacinas são envasadas com o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) importado da China.
Aumento da produção
Na sexta-feira, o Jornal Nacional mostrou que as primeiras doses da Oxford-Astrazeneca produzidas no Brasil pela Fiocruz já estavam prontas para distribuição.
Depois de vários atrasos na chegada do IFA, o ingrediente principal, nesta sexta (12), a Fiocruz recebeu uma boa notícia: a fábrica na China liberou o dobro da quantidade prevista - ainda sem data para chegar.
A estimativa é que produção saia de menos de 4 milhões de doses em março para 30 milhões de doses em abril, mantendo o patamar elevado no mês seguinte.
“Teremos matéria-prima para trabalhar por pelo menos mais dois meses. Então a gente está confiante de que a vacina vai chegar à população, que é o que a gente precisa. Chegar em quantidade, porque, agora, com a consistência de produção, a gente começa a distribuir quantidades maiores de vacina”, comentou o diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma.
O salto na quantidade tem outras razões além da matéria-prima. Nesta sexta (12), a fábrica de Bio-Manguinhos inaugurou a segunda linha de produção, que vai dobrar a capacidade de encher os frasquinhos.
A partir de abril, as máquinas vão ter capacidade de produzir um milhão de doses por dia.
O registro definitivo da Anvisa vai permitir a liberação de um milhão de doses que já estão prontas, guardadas a 7° C nas câmaras frias. Só falta o rótulo. Ele não podia ser feito antes porque precisa levar o número do registro concedido nesta sexta (12).
O desafio de fabricar vacinas é conciliar uma produção industrial com um cuidado quase artesanal com cada frasco.
“Essa vacina, sem dúvida, é o grande meio que nos permitirá superar essa crise. Portanto, é importantíssimo esse registro hoje e a aceleração, da oferta de vacinas pelo Programa Nacional de Imunizações no Brasil”, comentou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.
Fonte: G1
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