Dois meses após a Justiça receber a denúncia contra 11 pessoas por incêndio culposo qualificado do Ninho do Urubu, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Alerj que investiga o caso vai pedir o indiciamento de 9 pessoas por homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
Ninho do Urubu, na Zona Oeste do Rio — Foto: Lívia Torres/ G1
A informação foi publicada inicialmente pelo GE e confirmada pelo G1 nesta quarta-feira (17), que teve acesso ao relatório.
O indiciamento é uma fase anterior do processo, que faz parte do início de uma investigação, e, neste caso, ainda precisa passar pelo plenário da Alerj para avançar.
O processo na Justiça já está em uma fase mais avançada e corre independentemente da condução da investigação feita pela Casa.
O relatório da CPI da Alerj pede o indiciamento das seguintes pessoas:
Márcio Garotti - ex-diretor financeiro do Flamengo
Carnos Noval - ex-diretor da base do Flamengo, atual gerente de transiçaõ do clube
Marcelo Sá - engenheiro do Flamengo
Luiz Felipe Pondé - engenheiro do Flamengo
Claudia Pereira Rodrigues - NHJ (empresa fornecedora dos contêineres)
Weslleu Gimenes - NHJ
Danilo da Silva Duarte - NHJ
Fabio Hilário da Silva - NHJ
Edson Colman da Silva - técnico em refrigeração
De acordo com a investigação da CPI, as principais causas do incêndio foram a utilização de contêineres incompatíveis com a destinação de dormitórios, irregularidades elétricas, manutenção falha no ar condicionado e a falta de saída de emergência.
Duas pessoas que foram denunciadas pela Justiça não tiveram o pedido de indiciamento feito pela CPI: Marcus Vinicius Medeiros, monitor dos atletas da base, e Eduardo Bandeira de Mello, então presidente do clube.
Incêndio no Ninho do Urubu
O incêndio no Centro de Treinamento do Clube de Regatas do Flamengo, o Ninho do Urubu, causou a morte de dez adolescentes e graves lesões em outros três. Eles eram jogadores da categoria de base do clube.
Badim e Quatro Por Quatro
A CPI dos Incêndios da Alerj também investigou os incidentes ocorridos na Whiskeria Quatro Por Quatro, no Centro do Rio em outubro de 2019, e no Hospital Badim, em setembro daquele ano.
No caso do Hospital Badim, a CPI pediu o indiciamento de nove pessoas. No caso da Quatro Por Quatro, do proprietário do estabelecimento.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!