Um cara muito, muito azarado. Ou, dependendo do ponto de vista, muito sortudo. Ele foi um dos seis sobreviventes da queda do avião da Chapecoense, em 2016. E, agora, acaba de escapar, praticamente ileso, de outro acidente gravíssimo, em uma estrada da Bolívia.
Nos Andes, a vida acontece entre nuvens e precipícios. Mas o boliviano Erwin Tumiri tem uma estranha conexão com as alturas. Ele é um dos seis sobreviventes da queda do avião da Chapecoense, em 2016. O desastre mata setenta e uma pessoas.
Madrugada de terça-feira da semana passada, dia 2 de março. Erwin Tumiri viaja, mais uma vez. Quase cinco anos se passaram desde a tragédia da Chapecoense e ele conseguiu, finalmente, voltar a ter um emprego na aviação. Erwin está no ônibus, a caminho da cidade onde vai trabalhar.
Viaja pela perigosa estrada que liga duas das mais importantes cidades bolivianas: Cochabamba, na Cordilheira, e Santa Cruz de La Sierra, na planície central do país. Chove, e o ônibus cruza a rodovia tortuosa em alta velocidade. Pouco antes de uma curva, no fim de uma longa descida, o motorista perde a direção. O coletivo rola barranco abaixo e vai parar num riacho, de rodas para o alto, a mais de cem metros da pista. É como se tivesse caído de um prédio de mais de trinta andares.
Mais uma vez, a escuridão é o cenário do resgate. As vítimas são retiradas morro acima numa operação complicada, como conta essa voluntária. Das 53 pessoas no ônibus, 22 não tiveram chance. Mas Erwin Tumiri, depois de mais uma queda, sobreviveu novamente, para contar outra história.
O Fantástico conversou com esse homem que desafia o destino, uma pessoa que chega a confundir a nossa noção de sorte e azar.
“Não acho que eu seja sortudo nem azarado. E olha que já tive outros dois acidentes graves de moto. Me sinto é abençoado por Deus por essas oportunidades de vida”, diz Erwin Tumiri.
Fonte: Fantástico
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