Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, anunciou neste domingo (31) o nome dos dois advogados que farão sua defesa durante o julgamento sobre o impeachment no Senado — ele nomeou David Schoen e Bruce Castor, que disseram, em nota, estar "honrados" com o trabalho.
Donald Trump em último discurso como presidente dos Estados Unidos — Foto: Carlos Barria/Reuters
O anúncio foi feito momentos depois de Trump romper com outros advogados que atuariam durante o julgamento pelos senadores, que começará em 8 de fevereiro. Segundo a agência Reuters, o ex-presidente se desentendeu com os profissionais sobre a estratégia a ser apresentada aos parlamentares, que atuarão como jurados no processo.
Trump será julgado pelos senadores na próxima semana pela acusação de incitar a insurreição, por ter discursado a manifestantes momentos antes de extremistas invadirem o Capitólio dos EUA em 6 de janeiro.
Naquele dia, os congressistas certificavam a vitória do presidente Joe Biden nas eleições de novembro, última etapa procedimental antes da posse. Cinco pessoas morreram na invasão, e a Câmara aprovou um processo de impeachment que só será votado agora em fevereiro, depois de Trump ter deixado a Casa Branca.
Dificilmente, porém, o ex-presidente será condenado — medida que teria efeito mais simbólico porque, afinal, Trump já saiu do cargo. Isso porque seriam necessários 67 votos dos 100 senadores pela cassação. E uma moção que pedia a suspensão do processo chegou muito perto de ser aceita, com 55 votos contra e 45 a favor.
Seria preciso, assim, que 12 senadores do Partido Republicano passassem a apoiar a penalização contra Trump. A questão seria se, caso o ex-presidente fosse condenado, se ele ficaria inelegível em outras tentativas de participar das eleições.
Comitê pró-Trump arrecadou mais de US$ 30 mi
A equipe de Trump que tentava reverter os resultados das eleições arrecadou US$ 30,9 milhões entre novembro e dezembro, segundo documentos revelados neste domingo. O valor, segundo a Reuters, mostra o tamanho da influência do ex-presidente no Partido Republicano.
Desde que as agências projetaram Biden como vencedor das eleições, em 7 de novembro, Trump iniciou uma cruzada para tentar, na justiça, reverter a derrota. O republicano alegava que havia fraudes e irregularidades, mas auditores e juízes rechaçaram a tese.
Trump só admitiu que Biden assumiria o cargo após a sessão que confirmou a vitória do novo presidente, já depois da invasão ao capitólio.
Fonte: G1
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