Os roubos de contas financeiras pela internet cresceram durante o ano de 2020, segundo um relatório da empresa de cibersegurança russa Kaspersky. O salto para esse tipo de ataque foi de 20% em relação a 2019 e representou mais da metade (54%) das transações fraudulentas ao redor do mundo.
Aumento do uso de plataformas digitais impulsionou golpes. — Foto: Altieres Rohr/G1
A companhia apontou que o crescimento do uso de ferramentas digitais durante a pandemia, como o internet banking e o comércio eletrônico, impulsionou o interesse dos criminosos e abriu mais brechas para golpes.
Grande parte desses ataques acontecem com o uso de engenharia social, quando um criminoso convence a vítima a passar informações (saiba como se proteger abaixo).
Os esquemas mais comuns para tomar as contas financeiras são os de "salvadores" e de "investidores", segundo a Kaspersky.
Os "salvadores" fingem ser especialistas em segurança e ligam para clientes de bancos como se fossem funcionários que estão oferecendo ajuda.
Eles avisam sobre cobranças ou pagamentos suspeitos e pedem para que a vítima confirme dados de sua identidade e até mesmo o token de acesso à conta (muitas vezes disponível em um aplicativo do banco). Em outros cenários, eles podem solicitar que a vítima instale um aplicativo de acesso remoto, como se isso fosse necessário para solucionar o problema.
Já os "investidores" fingem ser funcionários de uma empresa de investimentos ou consultores do banco e pedem dados que dão acesso às contas bancárias.
A análise foi feita a partir de estatísticas compartilhadas de forma anônima por meio de uma tecnologia da empresa e se referem aos eventos detectados de janeiro a dezembro de 2020, segundo a Kaspersky.
Como se proteger
Para evitar de cair em golpes é preciso sempre desconfiar de contatos inesperados. Em casos como os que foram exemplificados pela Kaspersky, é importante nunca ceder informações sensíveis como token de acesso ou senha do banco.
Caso desconfie de algum contato, é recomendável não seguir com o atendimento e realizar uma ligação para a instituição financeira que supostamente queria te atender.
Golpes podem chegar por SMS, e-mail, WhatsApp ou pelas redes sociais. Ao receber uma mensagem de seu banco ou financeira, é importante seguir uma lista básica de prevenção:
Nunca clique em links antes de fazer uma boa checagem da mensagem;
Tenha cuidado extra com links encurtados, verifique os outros itens da mensagem com ainda mais cuidado;
Nunca forneça senhas ou tokens fora do aplicativo ou site oficial do banco (nem mesmo pelo telefone);
Não compartilhe código de verificação, como do WhatsApp, recebido por e-mail ou SMS;
Verifique o número de onde foi enviado o SMS – números desconhecidos podem significar golpe;
Cheque sempre o remetente do e-mail para verificar se é um endereço válido de seu banco;
Nas redes sociais, veja se a conta da instituição financeira é verificada;
Desconfie de promoções muito generosas.
Fonte: G1
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