O trabalho na linha de produção em um frigorífico de peixes exige agilidade. É preciso abater, tirar o filé, pesar e embalar, tudo em questão de minutos. O Nosso Campo foi até um frigorifico em Santa Clara D'Oeste (SP) que trabalha exclusivamente com a tilápia.
Procura por peixes durante a quaresma aquece setor de piscicultura — Foto: TV TEM/Reprodução
O gerente do frigorífico, Arthur Cavalcanti Junior, explica que, para auxiliar o trabalho da produção, eles estão investindo em tecnologia, se modernizando. O investimento vale a pena, já que aumenta a capacidade de produção e consegue atender a mais piscicultores da região.
Produtividade é importante durante todo o ano, mas é ainda mais fundamental durante a quaresma, momento em que o consumo de peixe no país aumenta. Neste período, a produção diária do frigorífico passa de 20 toneladas para quase 30.
Arthur conta que o setor da indústria de pescado enxerga esse período como um desafio. O objetivo é produzir uma quantidade maior do que seria produzindo em um dia normal.
É nesse período que a indústria consegue responder a algumas questões importantes, como a eficácia da logística, a qualidade do produto oferecido e a capacidade de suprir as demandas do mercado. Ele diz que é um momento de amadurecimento e preparação para o próximo ano.
Em Rubinéia (SP), em um braço do Rio Paraná, o Nosso Campo visitou outra piscicultura. Essa é responsável por produzir mais de duas mil toneladas de peixe gordo anualmente. Boa parte dessa produção é comercializada durante a quaresma.
Além das tilápias para os frigoríficos, o grupo vende também mais de 50 milhões de alevinos e peixes juvenis por ano para outras regiões de São Paulo e estados como Minas Gerais e Paraná.
O crescimento registrado durante o período de quaresma é de 70%. O planejamento para atender a essa demanda toda começa em junho do ano anterior.
Além de piscicultor, Emerson Esteves é presidente da Associação de Piscicultores em Águas Paulistas e da União. Ele conta que o momento é de aumentar os ganhos para aliviar o prejuízo registrado na quaresma de 2020, já que no ano passado o período coincidiu com o início da quarentena, que fez com que restaurantes e outros estabelecimentos fechassem as portas e as vendas despencassem.
Emerson acredita que a região noroeste do estado tem muito potencial para aumentar a produção de maneira sustentável nos próximos anos.
Arthur relata que, no ano passado, a exportação da tilápia foi 50% maior do que em 2019 e a tendência é de crescimento. Com o mercado externo e interno aquecido, as expectativas estão boas.
Fonte: G1
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