O funkeiro Kevin Nascimento Bueno, conhecido como MC Kevin, prestou depoimento nesta quarta-feira (3) no 20º Distrito Policial da Água Fria, na Zona Norte da capital paulista, no inquérito que investiga um suposto crime de desacato cometido por ele contra policiais militares, através das redes sociais.
Na delegacia, o funkeiro declarou que as ofensas publicadas por ele no Instagram contra quatro policiais da capital paulista foi um gesto “imaturo” e que era apenas um “desabafo”.
"Ele falou que teve uma atitude imatura, tendo em vista que os policiais estavam obstruindo a via há 15, 20 minutos e ele só queria ir embora pra casa. Como ele tava muito nervoso, disse que acabou se expressando mal", afirmou advogada do funkeiro, Deolane Bezerra Santos, ao final do depoimento.
O funkeiro MC Kevin em imagem publicada nas redes sociais dele. — Foto: Reprodução/Redes Sociais
O caso aconteceu em 25 de janeiro, quando o funkeiro dirigia uma Land Rover Evoque na rua João de Laet, na Vila Aurora, Zona Norte da capital paulista. A via estava temporariamente interditada por causa de uma ocorrência atendida pelos quatro policiais militares.
Os agentes pediram para que MC Kevin aguardasse a liberação da via e, após a liberação, o MC teria debochado dos PMs e publicado as ofensas no Instagram, em forma de stories que viralizaram nas redes sociais.
Sem perceber o deboche na hora, os policiais que aparecem nas imagens registram boletim de ocorrência contra o funkeiro por desacato assim que viram os vídeos nas redes sociais.
Após o depoimento desta quarta (3), a delegada Fabiana Sena Angerami, do 20º DP, disse que o funkeiro vai ser indiciado pelos crimes de injúria e incitação ao crime, por estimular os mais de 7,5 milhões de seguidores dele a desacatarem a polícia.
“Os policiais se sentiram injuriados na sua honra, se sentiram injuriados na corporação e representaram contra o Kevin. Então, ele vai ser responsabilizado, vai ser acusado pelo crime de injúria contra os policiais. Além disso, quem pratica crime contra funcionário público e ainda dissemina isso em veículos de comunicação, que podem abranger uma quantidade enorme de pessoas, comete incitação ao crime. Então, como ele diz nos vídeos que é um artista com 7 milhões de seguidores, eu entendo que ele está incitando essas pessoas que o seguem, que o admiram, a desrespeitar os órgãos de segurança pública e está, sim, incitando o crime”, disse a delegada.
O funkeiro MC Kevin, seguido por mais de 7,5 milhões de seguidores no Instagram. — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Outras polêmicas
Essa não é a primeira vez que o funkeiro se envolve em polêmicas e confusões com a polícia. Em maio do ano passado, o músico foi alvo de uma denúncia de moradores do condomínio onde mora, em Mogi das Cruzes, por ter quebrado o isolamento social de prevenção ao coronavírus.
O condomínio registrou um boletim de ocorrência contra ele por infração às medidas sanitárias preventivas e perigo de contágio de moléstia grave.
Em junho de 2019, o músico foi preso em um hotel de Belo Horizonte por consumo de drogas. Um funcionário do hotel procurou a polícia por causa do cheiro de maconha vindo do apartamento 806, onde o funkeiro estava hospedado para um show.
Ao chegarem ao quarto, os policiais afirmam que o músico e um amigo dele, Hariel Bernardo Ribeiro, conhecido como MC Hariel, confessaram que estavam usando maconha e haxixe.
Os dois foram levados à Central de Flagrantes 3 (Ceflan) de BH e assinaram um termo circunstanciado (para crimes de menor potencial ofensivo), sendo liberados na sequência.
Fonte: G1
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