O Facebook anunciou na última quarta-feira (24) que bloqueou todas as contas que ainda estavam abertas e eram vinculadas ao exército de Mianmar, citando o uso de "violência letal" contra os manifestantes pró-democracia por parte da junta militar.
Facebook — Foto: Richard Drew/AP Photo
A decisão, com efeito imediato, é aplicada aos militares e às entidades controladas pelas Forças Armadas no Facebook e Instagram, rede que também pertence à companhia de Mark Zuckerberg. Também foi proibida qualquer publicidade nas plataformas.
"Os eventos desde o golpe de Estado de 1º de fevereiro, incluindo a violência letal, precipitaram a necessidade desta proibição", afirmou o Facebook em um comunicado.
"Pensamos que os riscos de autoriza o Tatmadaw (nome do exército birmanês) no Facebook e Instagram são muito grandes", completou a nota.
Protestos vêm se espalhando pelo país desde o golpe militar no início do mês, eles são – em sua maioria – pacíficos. Os manifestantes costumam carregar cartazes com mensagens incentivando atos de desobediência civil.
Alegando fraude eleitoral, uma junta militar tomou o poder em 1º de fevereiro, após prender a cúpula do governo e a maior liderança política de Mianmar, Aung San Suu Kyi.
Manifestantes ignoram repressão e fazem protesto em 19 de fevereiro pedindo desobediência civil contra o golpe militar em Mianmar — Foto: AP Photo
Nas últimas três semanas, os militares intensificaram o uso da força para tentar enfraquecer a mobilização a favor da democracia em Mianmar, onde milhares de pessoas desafiam o golpe de Estado com protestos diários nas ruas.
O número de mortes desde o golpe de Estado subiu para cinco na quarta (24), após o falecimento de um homem de 20 anos que não resistiu aos ferimentos sofridos em Mandalay.
O exército utilizou o Facebook para divulgar suas acusações de fraude nas eleições de novembro, que foram vencidas pelo partido de Aung San Suu Kyi.
Fonte: France Presse
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