Especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) chegaram na manhã desta quarta-feira (noite de terça-feira no Brasil) ao instituto de virologia de Wuhan, na China, como parte da investigação sobre a origem do novo coronavírus na cidade.
Forças policiais em frente ao Instituto de Virologia de Wuhan, na China, durante visita de equipe da OMS que investiga a origem do novo coronavírus — Foto: Ng Han Guan/AP
A equipe "espera um dia muito produtivo e fazer todas as perguntas que devem ser feitas", afirmou um dos especialistas, Peter Daszak, na entrada do instituto. Depois, escreveu em uma rede social que foi um "encontro extremamente importante com os funcionários e uma discussão aberta e franca".
Eles também se reuniram com Shi Zhengli, uma das maiores especialistas chinesas em coronavírus de morcegos e vice-diretora do laboratório de Wuhan.
A inspeção do instituto, que tem vários laboratórios de alta segurança onde os cientistas trabalham com perigosos coronavírus, era uma das etapas mais aguardadas da equipe da OMS.
Eles já visitaram o hospital em que primeiros pacientes com Covid-19 foram tratados em Wuhan e o mercado que teve o primeiro foco de contágio conhecido da pandemia. O estabelecimento, onde eram vendidos animais silvestres vivos, está fechado desde janeiro de 2020.
Equipe da OMS que está investigando a origem do novo coronavírus na China deixa hotel em Wuhan em 29 de janeiro de 2021 — Foto: Thomas Peter/Reuters
A visita é sensível para a China, que foi criticada por demorar a reagir aos primeiros casos do novo coronavírus, notificados no final de 2019, e também demorou a autorizar a missão da OMS.
A equipe também teve que passar por uma quarentena de 14 dias antes de começar a trabalhar.
Na semana passada, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês disse que a visita da OMS à China "não é uma investigação".
Por isso, muitos analistas duvidam que os especialistas internacionais encontrem algum indício do início da epidemia.
Embora a China tenha controlado amplamente a pandemia em seu território, o país frustrou as tentativas independentes de rastrear suas origens.
Até o momento, a Covid-19 matou mais de 2,2 milhões de pessoas e mais de 103 milhões de casos foram confirmado em todo o mundo.
Fonte: France Presse
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