Com sistema pressionado, Secretaria de Saúde do RN prevê abertura de mais 40 leitos de UTI para Covid-19 na Grande Natal

Com o sistema de saúde pressionado por uma ocupação superior a 80% dos leitos de UTI para pacientes com Covid-19, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte afirmou que tenta abrir mais 40 leitos críticos para pacientes com Covid-19 somente na região metropolitana de Natal, onde a taxa de ocupação se aproxima dos 90%.

Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) terá 10 leitos de UTI disponíveis para pacientes com Covid-19. — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

De acordo com a pasta, a perspectiva é de instalar leitos em unidades de saúde do estado, da União e também de municípios da Grande Natal:

Hospital Universitário Onofre Lopes (Natal) - 10

Hospital Giselda Trigueiro (Natal) - 10

Hospital de Campanha de Natal (com disponibilização de equipamentos) - 10

São Gonçalo do Amarante - 5

Parnamirim - 5

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) ainda afirmou não houve fechamento de leitos durante a pandemia, mas confirmou que houve "reversão de leitos críticos Covid para leitos de UTI Geral, justificada à época pela baixa ocupação que o Rio Grande do Norte vinha apresentando".

Segundo a Sesap, a habilitação de um leito de UTI Covid só é mantida se houver uma justificativa de ocupação superior a 50%, conforme considera a área técnica do Ministério da Saúde. Por isso os leitos foram revertidos.

De acordo com o sistema Regula RN, o estado contava com 253 leitos críticos operacionais (em funcionamento ou pronto para funcionamento) nesta quinta-feira (18). O estado chegou a ter o número máximo de 311 leitos críticos operacionais para Covid-19, na rede pública, em agosto do ano passado.

No início da tarde desta sexta-feira (29), 11 hospitais estavam com todas suas UTIs para Covid-19 lotadas.

Por causa da pressão do sistema, o comitê científico do estado sugeriu uma série de medidas como a suspensão das aulas presenciais em escolas particulares por duas semanas, fechamento de bares e restaurantes a partir das 22h e suspensão da realização de cirurgias eletivas. Até a manhã desta sexta-feira (28), o governo ainda não havia tomado uma decisão sobre as propostas.

Fonte: G1