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sábado, janeiro 30, 2021

União Europeia restringe exportação de vacinas até o fim de março

A União Europeia vai restringir a exportação das vacinas contra a Covid-19 a outros países, anunciou a Comissão Europeia nesta sexta-feira (29). A ideia é que as vendas não ocorram antes que o bloco garanta o estoque suficiente para o próprio bloco. Nem mesmo o Reino Unido deverá poder comprar vacinas da União Europeia, pelo plano.


Mapa da Europa com ampolas da vacina contra Covid-19 e seringa — Foto: Dado Ruvic/Reuters


O comissário de comércio da União Europeia, Valdis Dombrovskis, afirmou em uma entrevista coletiva que esse controle de exportações acontecerá até o fim de março. A restrição às exportações é para as vacinas que já haviam sido compradas.


É como se fosse uma política de seguro, disse a comissária de saúde, Stella Kyriakides.


A comissão afirmou que não se trata de uma proibição definitiva.


Haverá exceções: as doações à Covax, um projeto para garantir doses aos países pobres, estão liberadas.


Alguns países vizinhos também poderão receber vacinas da União Europeia, como a Noruega e a Suíça, que não fazem parte do bloco (o Reino Unido não é uma exceção da proibição).


Para poder vender para nações que não são do bloco, as empresas farmacêuticas precisarão pedir uma autorização do país onde ela fabrica as doses. O governo desse país, então, deverá consultar a Comissão.


A Pfizer, por exemplo, tem uma grande fábrica na Bélgica. Os belgas já notificaram a comissão que há um plano para vender para o Reino Unido e Canadá.


A medida deve entrar em vigor no sábado. Há críticas à decisão, semelhantes às críticas feitas quando houve protecionismo de vendas de máscaras, no começo da pandemia.


A Câmara Internacional de Comércio afirma que a medida vai disparar uma série de medidas de retaliação de outros países, o que pode travar as redes de produção de vacinas.


A União Europeia já entrou em conflito com a AstraZeneca, uma empresa de capital sueco e inglês, que não entregou as doses que havia prometido.


Países do bloco também receberam menos doses das vacinas da Pfizer-BioNTech e da Moderna.


Fonte: G1

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