O Twitter anunciou que a conta de Donald Trump na rede social ficaria bloqueada por 12 horas, por volta das 21h desta quarta-feira (6).
Pouco depois das 22h30, o Facebook também anunciou a suspensão do perfil do presidente, por 24 horas. A medida também vale para o Instagram, que pertence à empresa de Mark Zuckerberg.
As ações acontecem após a violenta invasão de apoiadores do presidente no Congresso, na tarde desta quarta. Ali estava sendo realizada a sessão de contagem dos votos do Colégio Eleitoral na eleição americana, que deu vitória a Joe Biden.
Perfil de Trump no Twitter mostrava dois posts removidos após apoiadores do presidente invadirem o Congresso dos EUA — Foto: Reprodução/Twitter
Momentos antes do ato, Donald Trump discursou aos apoiadores afirmando que não aceitaria o resultado eleitoral e que marcharia com os manifestantes.
Ao longo da tarde, o presidente fez posts nas redes sociais elogiando os manifestantes e fazendo afirmações sem prova de que as eleições foram fraudadas.
Algumas dessas mensagens foram tirados do ar pelas redes, que foram bastante cobradas por usuários para tomarem medidas mais drásticas. Outros posts tiveram o engajamento dificultado, com o impedimento de curtidas, comentários e compartilhamentos.
Twitter ameaça banir Trump
O Twitter exige que o presidente dos Estados Unidos delete 3 tuítes que foram suspensos nesta quarta. Esses posts já não podem ser vistos pelos usuários, mas precisam ser apagados pelo dono do perfil. "Se não, a conta continuará fechada" mesmo após o prazo de 12 horas, disse a empresa.
Segundo o Twitter, as postagens apresentam "violação severa e repetida" da política de integridade da plataforma. E futuras violações de suas políticas resultarão na suspensão permanente da conta de Trump, que tem quase 89 milhões de seguidores.
O Facebook diz que Trump, que tem 35 milhões de seguidores em seu perfil, violou duas regras da plataforma nesta quarta.
A rede social derrubou um vídeo postado durante a invasão, por conta de "risco de violência". Nele, Trump pedia que os manifestantes voltassem para casa, mas continuava a alegar sem provas que a eleição foi ilegítima. A postagem também foi tirada do ar pelo Instagram e o YouTube, do Google.
Em um post intitulado "Nossa resposta à violência em Washington", o Facebook disse que tiraria do ar posts que apoiassem a invasão, que incentivassem que pessoas fossem armadas a protestos em diversas localidades dos EUA e que convocassem protestos, "mesmo que pacíficos", que violassem o toque de recolher em Washington.
A rede social também prometeu colocar alertas em posts que questionassem a legitimidade das eleições, dizendo que "Joe Biden foi eleito presidente com resultados que foram certificados por todos os 50 estados". E que os EUA têm leis, procedimentos e instituições estabelecidas para garantir a transferência pacífica de poder após a eleição.
Fonte: G1
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