O Reino Unido decidiu barrar viajantes oriundos do Brasil, Portugal e de outros 14 países por conta de uma nova variante do coronavírus. A proibição, anunciada nesta quinta-feira (14) pelo ministro britânico dos Transportes, Grant Shapps, passa a valer já na sexta (15).
"Tomei a urgente decisão de proibir as chegadas (...) após a evidência de uma nova variante no Brasil", disse Shapps em uma rede social.
Ele justificou a suspensão de viagens entre Portugal e o Reino Unido por conta de suas "fortes ligações com o Brasil", e disse que é uma forma de "reduzir o risco de importar infecções". O transporte de mercadorias e produtos essenciais entre os dois países será mantida com uma permissão especial.
Painel de chegadas do aeroporto de Heathrow, em Londres, em foto de 25 de dezembro de 2020 — Foto: Toby Melville/Reuters/Arquivo
Veja quais são os países afetados:
Argentina
Brasil
Bolívia
Cabo Verde
Chile
Colômbia
Equador
Guiana Francesa
Guiana
Panamá
Paraguai
Peru
Portugal
Suriname
Uruguai
Venezuela
A medida não vale para cidadãos britânicos que queiram voltar para a casa ou para estrangeiros com permissão de residência no Reino Unido, no entanto, o ministro de Transportes explicou que todos os viajantes que passarem por esses países deverão fazer um isolamento obrigatório de dez dias.
Uma decisão anterior do governo britânico já previa a obrigatoriedade de testes negativos para viajantes vindos do exterior que desembarcassem na Inglaterra ou na Escócia – incluindo cidadãos do país. A medida também passa a valer em 15 de janeiro.
Variante encontrada no Brasil
Na quarta, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, já havia dito que o país buscava formas de se proteger de 'variante brasileira' do coronavírus.
Johnson se referiu a uma variante encontrada no estado do Amazonas e que foi registrada em viajantes que passaram pela região e retornaram ao Japão.
Segundo o escritório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na Amazônia, as amostras detectadas podem ter evoluído de uma linhagem viral que circula na região desde abril do ano passado.
As sequências genéticas vistas nas amostras têm um número incomum de alterações, além daquelas na proteína S – que forma a coroa do vírus –, que se assemelham ao padrão observado em linhagens do Reino Unido e da África do Sul.
Fonte: G1
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