Apesar do fato relevante encaminhado pelo Banco do Brasil ao mercado, dizendo que a direção da instituição não recebeu nenhum comunicado oficial do seu acionista controlador sobre uma possível demissão de André Brandão, a situação dele segue indefinida.
Assessores presidenciais ouvidos pelo blog disseram que "não há uma decisão tomada" sobre o assunto e que o presidente Jair Bolsonaro realmente não gostou do anúncio de medidas de enxugamento, com corte de agências e de funcionários, neste momento de alta do desemprego.
Segundo um auxiliar presidencial, Bolsonaro pressiona para que o plano seja suspenso, ou pelo menos adiado, para evitar coincidir, inclusive, com esse momento de negociações para as eleições dos novos presidentes da Câmara e Senado. Parlamentares estão reclamando do fechamento de agências em suas bases eleitorais.
Caso contrário, o presidente quer a troca no comando do banco.
A reação do presidente desgasta a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, que deu aval às medidas anunciadas pelo presidente do BB, André Brandão, que assumiu a instituição exatamente com a missão de tornar o banco mais competitivo e mais rentável, o que passaria por um enxugamento de sua estrutura.
Guedes age nos bastidores para evitar a demissão de André Brandão, que foi mal recebida pelo mercado. Afinal, mostraria uma interferência política do presidente nas decisões do banco público e mais um enfraquecimento da agenda liberal do governo.
Isso, por sinal, havia sido prometido pelo presidente como algo que não iria acontecer no seu governo, que ele não iria interferir politicamente nas decisões das estatais federais. A reação de Bolsonaro vai exatamente no sentido contrário, o que contraria a equipe econômica.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!