O julgamento do impeachment de Donald Trump no Senado irá começar na semana de 8 de fevereiro, segundo o democrata Chuck Schumer, agora líder da maioria no Senado. A data foi anunciada durante a sessão desta sexta-feira (22), após a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, ter dito que o processo – já aprovado naquela casa – será encaminhado na próxima segunda-feira.
O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, durante entrevista coletiva em 6 de janeiro — Foto: Saul Loeb/AFP
Na quinta-feira, o líder da minoria republicana, Mitch McConnell, havia dito que gostaria que Trump tivesse ao menos uma semana para se preparar para o julgamento, após o pedido chegar ao Senado.
Schumer afirmou que irá acertar os detalhes do processo com McConnell, incluindo sua duração. “Mas não se enganem, um julgamento será realizado no Senado dos Estados Unidos, e haverá uma votação sobre a condenação do presidente”, afirmou.
Mantendo-se essas datas, o cronograma deve ser o seguinte, de acordo com o jornal "The Guardian":
25 de janeiro - Os gerentes do impeachment da Câmara lerão o artigo de impeachment para o Senado.
26 de janeiro - Os senadores prestarão juramento para o julgamento.
8 de fevereiro - Prazo para a resposta de Trump ao artigo.
9 de fevereiro - Prazo para o briefing pré-julgamento de Trump, e depois disso, o julgamento pode começar.
O presidente Joe Biden defendia que o julgamento fosse adiado por algumas semanas, para que sua realização não atrasasse a aprovação de nomeações e outras medidas importantes do início de seu mandato.
Para que Trump seja condenado, são necessários os votos de todos os 48 senadores democratas e dos dois independentes - já garantidos - mas também de pelo menos 17 republicanos.
O ex-presidente, que deixou o cargo no dia 20, é acusado de incitar à violência que resultou na invasão do Capitólio, a sede do Congresso americano, no dia 6 de janeiro.
Ele foi considerado culpado pela Câmara em 13 de janeiro, uma semana antes de deixar a presidência, e se tornou o primeiro presidente dos EUA a sofrer dois processos de impeachment.
Na primeira vez, em 2020, Trump foi absolvido pelo Senado das acusações de obstrução ao Congresso e abuso de poder. Naquela ocasião, porém, nenhum deputado republicano votou por sua condenação na Câmara, o que não ocorreu agora: no dia 13, dez republicanos votaram para que ele fosse afastado.
Além de aprovar o impeachment, o Senado pode ainda votar para que Trump perca seus poderes políticos, o que o impediria de se candidatar novamente a cargos eletivos, e também para que ele perca o direito a seus benefícios como ex-presidente. Ainda não foi informado, entretanto, se esses dois itens serão incluídos na pauta do processo no Senado.
Fonte: G1
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