O Ministério da Saúde informou ao Supremo Tribunal Federal, em documento protocolado nesta quarta-feira (13), que os estados têm mais de 80 milhões de seringas e agulhas disponíveis para a vacinação contra a Covid-19.
A área técnica do ministério afirma que a compra de insumos para vacinação é feita pelos próprios governos locais – e que, por isso, o governo federal não tem "estoque disponível" para a campanha de imunização.
A pasta afirma, ainda, que sete estados correm risco de não ter estoque suficiente para atender à demanda inicial de aplicação das vacinas: Acre, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco e Santa Catarina.
O plano do Ministério da Saúde, segundo o documento desta quarta, prevê a entrega de até 30 milhões de doses de diferentes vacinas contra a Covid-19 até o fim de janeiro.
Para vacinar todos os brasileiros em grupos prioritários, no entanto, serão necessárias ainda mais doses. O plano federal anunciado contabiliza 49,6 milhões de cidadãos nesses grupos – e as vacinas em fase avançada de desenvolvimento exigem a aplicação de duas doses por pessoa.
As informações foram enviadas ao STF por determinação do ministro Ricardo Lewandowski. O magistrado pediu um relatório sobre o estoque de insumos necessários à futura vacinação contra a Covid-19 para analisar um pedido apresentado pela Rede Sustentabilidade.
O partido pediu ao STF que obrigue o governo a comprovar que há estoque suficiente de seringas e agulhas vacinar os grupos prioritários listados no plano de vacinação do Ministério da Saúde.
Os dados do ministério
Segundo dados do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, desde novembro, o governo pede que os estados informem a quantidade de insumos disponíveis. Houve, ainda, uma checagem no sistema que controla os estoques.
“Estima-se que há nos estados mais de 52 milhões de seringas e agulhas aptas para a realização da vacinação, enquanto a estratégia para os grupos listados estima quase 30 milhões de doses para o esquema vacinal completa de duas doses”, diz o departamento.
O governo afirma que, “em análise mais detalhada, observando o estoque de casa estado verifica-se que apenas os estados do Acre, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco e Santa Catarina não teriam estoque suficiente para suprir essa demanda inicial, caso houvesse a disponibilidade imediata das 30 milhões de doses”.
"Com relação à comprovação dos estoques dos referidos insumos, cumpre-nos informar que, via de regra, as aquisições são realizadas pelos próprios Entes Federados, cabendo à União o fornecimento dos imunobiológicos necessários para execuções das ações de imunização. Por esse motivo, este Ministério não possui estoque disponível para a realização da referida campanha de vacinação", segue o documento.
Fonte: G1
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