A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) terminou a análise dos documentos já apresentados pela AstraZeneca sobre a vacina da Covid-19 feita em parceria com a Universidade de Oxford. Na prática, a agência "está em dia" com o que foi apresentado até agora.
Foto sem data divulgada em 23 de novembro mostra frasco da vacina da Universidade de Oxford contra a Covid-19. — Foto: John Cairns/University of Oxford/AFP
A análise das fases 1, 2 e 3 estão com o status "concluído". A Anvisa esclarece, no entanto, que a empresa ainda pode apresentar mais documentos, se achar necessário.
Na quarta-feira (30), a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, afirmou que a entrega final de todos os documentos para registro da vacina de Oxford no Brasil deve ser feita até 15 de janeiro.
"O nosso registro já está sendo submetido com a perspectiva de entrega final de documentos até a data de meados de janeiro, de 15 de janeiro", disse a presidente.
A previsão é que o primeiro lote com 1 milhão de doses seja entregue entre 8 e 12 de fevereiro.
A vacina de Oxford tem eficácia que variou entre 62% e 90% a depender da dosagem aplicada, segundo estudo publicado no início da dezembro na revista científica "Lancet".
Dentre as principais vantagens desta vacina na comparação com outros imunizantes está o fato de ela ser mais barata e mais fácil de armazenar, o que também facilita a sua distribuição. Diferente da vacina Pfizer/BioNTech, por exemplo, ela não precisa ficar guardada a -70°C e pode ser mantida em temperaturas normais de refrigeração, de 2ºC a 8ºC.
Na terça-feira (29), o Ministério da Saúde disse que a previsão é começar a vacinação contra a Covid-19 no Brasil entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro – mas, para isso, é necessário o registro da vacina junto à Anvisa.
Vacinação no Argentina
A Argentina aprovou nesta quarta-feira (30) a autorização de emergência para a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford.
O produto, para o qual a Argentina fechou acordo de fabricação, foi inscrito no "registro de vacinas emergenciais de interesse sanitário" pelo prazo de um ano, informou o órgão, em sua resolução.
A agência reguladora do país afirma que o produto possui risco-benefício "aceitável".
Essa é a terceira vacina contra a Covid-19 autorizada na Argentina para uso emergencial. Na última semana, a agência deu aval para uso emergencial do imunizante da Pfizer e da Sputnik V.
Fonte: G1
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