A Procuradoria Geral da República (PGR) repactuou nesta segunda-feira (7) o acordo de delação premiada fechado com os empresários Joesley e Wesley Batista, do grupo J&F.
Empresários Wesley (esq.) e Joesley Batista (dir.) — Foto: Zanone Fraissat/Folhapress/Arquivo
Pelo acordo repactuado, os irmãos terão que pagar multa de cerca de R$ 1 bilhão e cumprir penas privativas de liberdade. Procurada, a J&F informou que não vai comentar o assunto.
O acordo de delação dos empresários foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em maio de 2017 e previa pagamento de R$ 110 milhões. Quatro meses depois, contudo, a PGR pediu ao STF a rescisão dos acordos. Mas, até agora, não houve decisão do Supremo sobre o tema.
Na ocasião em que pediu a rescisão, a PGR argumentou que houve omissão de informações nos depoimentos, o que os empresários sempre negaram.
A delação dos executivos atingiu principalmente o então presidente Michel Temer (MDB) e o então senador Aécio Neves (PSDB-MG), atualmente deputado federal. Os dois sempre negaram irregularidades.
Temer chegou a ser denunciado pela PGR pelo crime de obstrução de Justiça. Em 2019, a Justiça Federal de Brasília absolveu o ex-presidente.
O caso na PGR
As gestões de Rodrigo Janot e Raquel Dodge na PGR não aceitaram retomar os acordos com a J&F. No fim do ano passado, Aras reiterou pedido dos antecessores Raquel Dodge e Rodrigo Janot para anular os acordos.
No início desse ano, as tratativas para a retomada do acordo foram retomadas, mas inicialmente foram encerradas. Após uma nova rodada, agora, foi costurado um consenso sobre os novos termos.
Fonte: G1
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