O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse a governadores, nesta terça-feira (8), que precisará ouvir o Palácio do Planalto a respeito da compra da vacina contra Covid-19 que está sendo produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. O relato é do governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), que participa via videoconferência da reunião. Ele disse ao blog que questionou Pazuello se o ministério fará a compra da vacina de São Paulo, conforme documento assinado no dia 19 de outubro.
“Pazuello disse que era um memorando de intenções e que, quando aprovada, precisará ouvir o Palácio”, relatou Dino.
Segundo trecho da reunião obtido pelo blog, Pazuello respondeu que, “quando tivermos tudo registrado, comprovado, vamos avaliar a demanda, naquele momento, levar isso ao Palácio, levar a todos os órgãos que ultrapassam minha posição para adquirir”.
O ministro enviou no dia 19 de outubro ao Diretor-Geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, um ofício em que confirmava a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, mas foi desautorizado pelo presidente Bolsonaro na época.
Depois da pergunta de Dino, outros cinco governadores voltaram ao tema. “Aí, o ministro disse que precisa saber se a Anvisa vai autorizar e, se tiver demanda, tem aquele período de 60 dias. E afirmou que só se poderá falar em vacina no final de fevereiro, ou seja, desautorizando o calendário de Doria. Está claro que há uma disputa política.”
Governadores como João Doria, de São Paulo, e Helder Barbalho, do Pará, fizeram críticas à gestão de Bolsonaro.
Para Dino, o ministro é bem-intencionado, mas não tem a caneta para resolver a questão da vacina pois o presidente politizou o tema.
Fonte: G1
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