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quarta-feira, dezembro 16, 2020

Partidos pedem ao STF que mande Flávio Bolsonaro entregar supostos relatórios da Abin

Os partidos Rede Sustentabilidade e PSB pediram nesta quarta-feira (16) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que determine ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) a entrega de supostos relatórios produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para a defesa dele.


Senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro — Foto: REUTERS/Adriano Machado


A Rede e o PSB também querem que o senador identifique eventualmente quais agentes públicos enviaram os documentos.


Segundo reportagem publicada revista "Época" na última sexta (11), a Abin, vinculada ao Gabinete de Segurança Institucional, produziu relatórios para Flávio Bolsonaro e seus advogados sobre o que deveria ser feito para anular o caso das "rachadinhas".


A Rede, então, acionou o STF, e o caso é relatado pela ministra Cármen Lúcia, que determinou à Abin e ao GSI que prestassem informações.


Nesta terça (15), o ministro do GSI, Augusto Heleno, e a agência enviaram manifestações ao STF nas quais negaram a produção dos relatórios.


Reunião de Heleno com a defesa de Flávio

Na manifestação enviada ao STF, o ministro Augusto Heleno disse que participou de uma reunião do presidente Jair Bolsonaro com a defesa de Flávio e Alexandre Ramagem, diretor da Abin, para discutir o caso das "rachadinhas".


O ministro também afirmou que, ao perceber que o caso não tinha relação com Segurança Institucional, se afastou. Ele afirmou que, desde o início, desconsiderou "inteiramente, a possibilidade de envolver as instituições GSI e Abin no assunto".


No pedido enviado ao STF nesta quarta, os partidos afirmaram que a informação de que houve uma reunião para tratar do assunto "milita em favor das suspeitas levantadas pelos jornais, de que a estrutura de inteligência brasileira estaria operando de forma quase paralela, para satisfazer interesses privados, por meio da confecção de relatórios não oficiais ou de forma não institucionalizada."


Fonte: G1

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