Milhões de vacinas contra a Covid-19 permanecem sem uso em hospitais e outros lugares dos Estados Unidos, colocando em dúvida a meta do governo de 20 milhões de vacinações ainda neste mês.
Lotes da vacina da Pfizer são transportados no aeroporto de Louisville, em Kentucky, nos EUA, em 14 de dezembro. — Foto: Michael Clevenger/Pool via REUTERS
Até a manhã desta quarta-feira (23), 1 milhão de injeções da vacina Pfizer/BioNTech contra Covid-19 haviam sido administradas, cerca de um terço da primeira remessa enviada na semana passada. Mais 9,5 milhões de doses de vacinas, incluindo as da Moderna, já foram enviadas aos Estados americanos, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.
Embora os hospitais tenham começado a distribuir a vacina da Moderna, o CDC ainda não registrou esses dados e pode haver um atraso no relato de vacinas administradas tanto da Pfizer quanto da Moderna.
O ritmo lento pouco aumentou desde a primeira semana, quando 614 mil vacinas foram administradas, embora quase 2,9 milhões tenham sido enviadas.
Segundo os hospitais, as primeiras vacinações contra a Covid-19 começaram lentamente na segunda-feira da semana passada, enquanto preparavam as doses previamente congeladas para o uso, recrutando funcionários para administrar as doses, além de garantir o distanciamento social adequado antes e depois da vacinação. Alguns afirmaram que foram apenas cerca de 100 doses no primeiro dia.
Os EUA enfrentam aumento nos casos de Covid-19, com mais de 18 milhões de infecções e 323 mil mortes.
O governo Trump prometeu vacinar 20 milhões até o final do ano. São nove dias para distribuir quase 19 milhões de vacinas ou mais de 2 milhões de pessoas vacinadas por dia, incluindo o dia de Natal.
Duas outras vacinas podem ser aprovadas em fevereiro, a da Johnson & Johnson e a da AstraZeneca.
A meta do governo é distribuir 100 milhões de vacinas da Pfizer e da Moderna até 1º de março.
O general Gustave Perna, da Operação Warp Speed que está liderando o esforço de distribuição da vacina, disse na segunda-feira que os dados do CDC refletem um atraso nos relatórios e que o número de vacinações aumentará com o passar do tempo.
O CDC informou que seus dados também podem refletir uma defasagem entre as doses administradas e os registros estaduais.
A maioria das vacinações em asilos só começou em massa nesta semana, e os dados do CDC não especificam quantas doses da primeira remessa estavam sendo mantidas pelos Estados para esse grupo.
Jason Schwartz, professor assistente de políticas de saúde na Escola de Saúde Pública de Yale, descreveu a contagem inicial como "desanimadora" e disse que "os desafios para administrar as vacinas tão rapidamente quanto formos capazes de fabricá-las só vão aumentar".
Fonte: Reuters
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