segunda-feira, dezembro 07, 2020

Mesmo com nova onda de Covid-19, países mantêm escolas abertas para minimizar impacto da pandemia na educação

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Mesmo diante de um aumento significativo de casos de Covid-19, cidades dos Estados Unidos, do Japão e da Coreia do Sul se cercaram de cuidados sanitários e mantiveram as escolas abertas. No Brasil, por outro lado, ainda não há previsão para a retomada integral do ensino presencial.


Na Europa, apenas Áustria, República Tcheca, Grécia e Itália estabeleceram alguma restrição e interromperam as aulas presenciais para alunos de determinadas faixas etárias. No restante dos países, as escolas já reabriram ou sequer chegaram a fechar.


Os argumentos das autoridades, em geral, giram em torno da importância da educação e do combate às desigualdades trazidas pelas aulas on-line. Abordam também o baixo impacto das crianças nas cadeias de transmissão do novo coronavírus.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) encoraja que os países mantenham as escolas de ensino fundamental abertas. Mas faz ressalvas: nesta segunda-feira (7), Maria van Kerkhove, líder técnica para Covid-19, disse que a decisão precisa sempre levar em conta o contexto em que a escola está inserida.


“Todos entendem a importância da educação para crianças e adolescentes. (...) A primeira tarefa a ser feita é tentar reduzir a transmissão do vírus nas comunidades”, afirmou. Ela menciona os cuidados necessários:



elaboração de um plano para reabertura,

definição de uma conduta para quando um caso de Covid-19 for identificado,

limpeza das salas de aula,

distanciamento entre carteiras,

uso obrigatório de máscaras,

ventilação natural apropriada,

comunicação com estudantes e suas famílias.

“Nós vemos diferenças nos índices de transmissão entre crianças pequenas - são menores que entre os adolescentes, que podem espalhar mais o vírus. Ainda assim, temos muito a aprender”, disse van Kerkhove.


Em Nova York, mudanças nas decisões

Na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, as escolas foram fechadas no começo da pandemia e voltaram a funcionar apenas em setembro, em esquema de rodízio.


No fim de novembro, no entanto, uma mudança: o prefeito Bill de Blasio ordenou que, novamente, os colégios deveriam interromper as atividades presenciais, já que o número de casos de Covid-19 havia subido na cidade.


A pandemia continuou avançando… e de Blasio decidiu retomar as aulas de ensino fundamental, contradizendo seu próprio argumento de duas semanas atrás. Segundo ele, os estudos mostraram que as crianças mais novas espalham menos o vírus.


Professores e pais de alunos estão inseguros com tantas mudanças nas decisões do governo. A docente Annie Tan, por exemplo, afirma que o prefeito não apresentou nenhum plano que funcionasse até agora - e improvisou a educação de mais de 1 milhão de estudantes.


O professor Jamie Wing concorda. Segundo ele, o “abre e fecha” não é justo para ninguém.


Fonte: G1

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