Hunter Biden, filho do presidente eleito dos Estados Unidos, afirmou nesta quarta-feira (9) que está na mira de uma investigação federal sobre seus impostos. Ele e a equipe de transição chefiada pelo pai, Joe Biden, negam qualquer irregularidade.
"Eu levo esse assunto muito a sério, mas estou confiante de que uma revisão profissional e objetiva dessas questões demonstrarão que eu lidei com meus negócios de maneira legal e apropriada, inclusive com ajuda de assessores profissionais", afirmou Hunter em comunicado.
Não foram divulgados detalhes sobre a investigação, nem sobre as motivações que levaram as autoridades federais a abrirem uma apuração sobre os impostos de Hunter Biden.
O caso vem em um momento problemático para Biden neste momento de transição. Ele ainda escolherá o procurador-geral de seu governo, e a nomeação depois da divulgação das investigações pode gerar críticas ou questionamentos.
Hunter Biden e Trump
Hunter Biden, filho do ex-vice-presidente dos EUA Joe Biden, assiste a debate em que o pai participou em 2012 — Foto: Pablo Martinez Monsivais/Arquivo/AP Photo
Ao longo da campanha eleitoral, o presidente e candidato Donald Trump tentou usar Hunter Biden como um calcanhar de Aquiles da candidatura democrata. Isso porque o empresário trabalhou na empresa ucraniana Burisma enquanto Joe Biden era vice-presidente dos EUA, e os republicanos tentaram — sem conseguir provar — levantar suspeitas sobre corrupção e troca de favores.
De acordo com Trump, Joe Biden fez com que um promotor ucraniano fosse destituído do cargo para evitar que a companhia de gás ucraniana Burisma fosse processada por corrupção, porque seu filho Hunter fazia parte do conselho de diretores do grupo.
Trump já buscava uma maneira de atingir à campanha democrata usando Hunter Biden em 2019, quando telefonou ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para pedir que investigasse o filho do então pré-candidato democrata.
A ligação, considerada abuso de poder pela oposição, gerou um processo de impeachment contra Trump, aprovado na Câmara mas rejeitado no Senado no início de 2020.
Fonte: G1
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