Paolo Gabriele, o ex-mordomo do Papa Bento XVI que vazou documentos ultrassecretos, morreu aos 54 anos, informou nesta terça-feira (24) o site de notícias do Vaticano.
Papa Bento XVI e seu ex-mordomo, Paolo Gabriele, que roubou documentos confidenciais do pontífice e foi condenado pelo 'Vatileaks' — Foto: OSSERVATORE ROMANO/AFP
A causa da morte não foi informada.
Servidor de Josef Ratzinger por seis anos, Paolo Gabriele foi condenado a 18 meses de prisão após ter confessado ter furtado documentos confidenciais do sumo pontífice em 2012.
Bento XVI, no entanto, concedeu indulto ao ex-mordomo no mesmo ano.
Casado e pai de três filhos, Gabriele passou a trabalhar no hospital pediátrico Bambino Gesù, administrado pela Santa Sé.
Paolo Gabriele, ex-mordomo do então Papa Bento XVI, em foto de 23 de maio de 2012 — Foto: AFP
Vatileaks
Gabriele enviou a jornais italianos trechos de cartas internas revelando rivalidades e corrupção nos bastidores da Igreja. O caso, que expôs o Vaticano, foi apelidado de "Vatileaks".
Os documentos não revelaram escândalos em grande escala da Igreja Católica, mas suspeitas de corrupção, calúnias e escolhas contestadas. "Paoletto" foi preso em maio de 2012.
Durante seu julgamento em um tribunal da Santa Sé, o mordomo afirmou ter agido por "convicção de ter atuado por amor exclusivo" à Igreja Católica e ao papa: "Não me considero um ladrão".
A notícia do perdão foi dada pelo próprio Bento XVI, que renunciou dois meses depois dizendo que não tinha mais a força física necessária para sua pesada tarefa.
O ex-mordomo do papa Bento XVI, Paolo Gabriele (ao centro), deixa a corte após ser condenado a 18 anos de prisão em 2012 — Foto: AFP
Fonte: G1
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