A comissão mista do Congresso Nacional que acompanha as medidas de combate ao novo coronavírus aprovou nesta terça-feira (24) requerimentos para ouvir o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Pazuello será convidado a falar sobre os testes RT-PCR retidos em estoque, prestes a vencer, e também sobre reuniões realizadas com laboratórios que desenvolvem vacinas contra o novo coronavírus.
Por se tratar de um convite, a participação do ministro não é obrigatória.
Um dos requerimentos pede a realização de uma audiência pública com Pazuello para "buscar informações e esclarecimentos" sobre o possível descarte de milhões de testes para detecção da Covid-19.
A reportagem, publicada neste domingo (22) pelo jornal "O Estado de S. Paulo", revela que o Ministério da Saúde armazena em São Paulo um estoque com 6,86 milhões de testes para a Covid-19 que podem perder validade até janeiro de 2021.
Outro requerimento também aprovado nesta terça pede que o Ministério da Saúde preste informações sobre os motivos para a não distribuição desses kits de testagem até o momento. O documento também pede que a pasta informe o plano de distribuição dos testes e o número exato de exames em estoque.
Nesse caso, a resposta é obrigatória e deve ser protocolada em um prazo de até 30 dias. Caso contrário, Pazuello pode responder por crime de responsabilidade.
Reuniões com laboratórios
Outro requerimento aprovado nesta terça pela comissão mista pede audiência pública, também com o ministro da Saúde, para esclarecer dúvidas sobre reuniões realizadas na semana passada com cinco laboratórios cujas vacinas para a Covid19 encontram-se em fase avançada de desenvolvimento.
Pfizer, Janssen, Sputinik V, Moderna e Covaxin estão na lista de empresas recebidas pelo Ministério da Saúde. Nesta série de encontros, o Ministério da Saúde não se reuniu com representantes da CoronaVac, da farmacêutica chinesa Sinovac, que tem parceria com o Instituto Butantan.
As conversas sobre este imunizante estão sendo conduzidas diretamente com representantes do governo paulista.
Parcerias no Brasil
Atualmente, o Brasil tem parceria para futura produção de três candidatas à vacina.
ChAdOx1 - O governo federal fechou acordo para compra da ChAdOx1, desenvolvida pela AstraZeneca/Oxford, e prevê parceria com a Fundação Oswaldo Cruz para produção do imunizante no Brasil. O governo federal vai investir R$ 1,9 bilhão para produção de 100 milhões de doses.
CoronaVac - O governo de São Paulo tem acordo para compra da CoronaVac, em produção pela farmacêutica chinesa Sinovac, e o Instituto Butantan será parceiro na produção da vacina. Há previsão de que as 120 mil primeiras doses da CoronaVac cheguem ao Brasil na sexta-feira, 20 de novembro. Até agora, este é o anúncio mais avançado sobre a chegada de vacinas no Brasil.
Sputnik V - Também existe acordo do governo do Paraná com a vacina Sputnik V, do Instituto Gamaleya, da Rússia.
Além das parcerias, o governo federal fechou acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para receber 42 milhões de doses de uma vacina contra a Covid-19 dentro da iniciativa chamada Covax Facility. Ainda não está definida qual será a empresa fornecedora. Atualmente, a OMS monitora um portfólio de vacinas candidatas. O governo brasileiro vai investir cerca de R$ 2,5 bilhões no acordo.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!