O Ministério da Educação divulgou nesta quarta (7) o guia com o protocolo sanitário para a retomada das aulas presenciais da educação básica (vai até ensino médio) no Brasil. No texto, o governo diz que tomou como base orientações de entidades multilaterais como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização PanAmericana de Saúde (Opas), a Unesco e o Unicef, além de instruções vindas do Ministério da Saúde.
Aluna usa máscara em escola pública de Bento Gonçalves (RS) — Foto: Reprodução/RBS TV
O guia da retomada das atividades afirma que "cumpre ressaltar que a decisão de retorno às aulas presenciais deve ser tomada pelos governos subnacionais de acordo com orientação das autoridades sanitárias locais".
Caberá a prefeituras e governos estaduais, em conjunto com as escolas, decidir um retorno gradual ou de todos os alunos de uma vez.
Outro ponto que os poderes locais terão que estabelecer será o do horário das refeições dos alunos. A questão envolve definir:
se o lanche será na sala de aula ou em refeitório
se há espaço de atendimento para garantir a distância mínima entre pessoas
se há condições para revezamento de horários para as refeições
como será a distribuição dos alimentos
Medidas que toda pessoa no ambiente escolar deverá adotar, de acordo com as diretrizes:
usar máscara obrigatoriamente
cobrir nariz e boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos, ao tossir e espirrar
lavar frequentemente as mãos ou higienizar com álcool em gel 70%
não cumprimentar com aperto de mãos, beijos e abraços
respeitar o distanciamento de pelo menos 1 metro
não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres, nem materiais didáticos, brinquedos ou jogos
evitar esquema self-service
instalar barreira física que impeça a contaminação dos alimentos e utensílios por gotículas de saliva no serviço de refeições
não compartilhar celulares, assim como evitar seu uso e cuidar de higienizar frequentemente os aparelhos
Recursos para higienização, adaptação e acesso dos estudantes a internet poderão ser obtidos por um fundo emergencial, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).
Para a educação infantil, o texto recomenda "reforçar, por meio de músicas ou brincadeiras, a maneira correta de tossir ou espirrar".
O guia recomenda o retorno em cada estado de acordo com uma tabela de cores, que avalie o nível de transmissão em determinada região: por exemplo, onde há casos esporádicos de Covid-19, a cor é verde, e todas as escolas estariam autorizadas a reabrir ali.
Caso a região ainda tenha transmissão comunitária, cai na cor vermelha e é preciso fazer avaliação de risco para reabrir as escolas, além de manter em vista que, se reabertas, elas podem ter de serem fechadas caso o número de casos de coronavírus aumente.
Fonte: G1
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