A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) foi intimada na noite desta terça-feira (6) a se apresentar, em 48 horas, na Secretaria de Administração Penitenciária (Seap-RJ) para colocar a tornozeleira eletrônica.
Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ) durante sessão na Câmara dos Deputados. Foto de maio de 2019 — Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados
A parlamentar, que é pastora e cantora gospel, é acusada de ser mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho do ano passado.
No último dia 24, ela virou ré por cinco crimes relacionados ao caso, incluindo homicídio triplamente qualificado e associação criminosa.
Oito pessoas foram presas por envolvimento no crime, sendo sete filhos e uma neta dela.
Nesta terça, Flordelis foi intimada por oficiais de Justiça em sua casa, na Região Oceânica de Niterói, às 19h — fora do horário do expediente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Pelo prazo, ela tem até as 19h desta quinta-feira (8) para instalar o equipamento.
O G1 questionou à Justiça que medida poderá ser tomada caso a parlamentar não se apresente, mas até por volta de 14h20 não havia obtido resposta.
Três semanas de atraso
No dia 18 de setembro, a juíza Nearis dos Santos Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, aceitou um pedido do Ministério Público e determinou que a deputada usasse tornozeleira.
Na última quinta-feira (1º), Nearis destacou que a intimação fosse feita até mesmo fora do horário de expediente, “se necessário com auxílio da força policial”.
O Tribunal de Justiça alegava que oficiais não conseguiam intimá-la nem em Niterói, onde ela mora, nem em Brasília, onde trabalha.
Processo na Câmara
Flordelis e os filhos são réus no processo sobre a morte do pastor Anderson do Carmo. A deputada não pôde ser presa em razão de sua imunidade parlamentar.
O corregedor da Câmara dos Deputados, deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), apresentou na última quinta-feira ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um parecer recomendando o envio do processo da deputada Flordelis para o Conselho de Ética.
O caso foi analisado pelo corregedor após representação feita no fim de agosto pelo deputado Léo Motta (PSL-MG) contra a deputada, acusada de quebra de decoro parlamentar. Agora, a Mesa Diretora da Câmara analisará o relatório e decidirá se envia o caso para o Conselho de Ética da Casa.
Fonte: G1
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