O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) informou, nesta segunda-feira (21), que pediu à Polícia Federal a inclusão do nome do ex-subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde do DF, Iohan Andrade Struck, na lista de difusão vermelha da Interpol. A relação inclui os criminosos mais procurados do mundo.
Segundo o órgão, o objetivo é evitar que Iohan fuja e se esconda em outro país. Ele é um dos sete alvos da operação Falso Negativo, que investiga supostas fraudes na compra de testes rápidos de Covid-19, e provocou a prisão do ex-secretário de Saúde, Francisco Araújo, e da cúpula da pasta
Há 27 dias, foi expedido um mandado de prisão contra Iohan, mas ele não foi encontrado. O nome dele já foi incluído na lista de foragidos da Polícia Civil do DF. Acionada pela reportagem, a defesa do ex-subsecretário não comentou o pedido.
À época da operação, os advogados informaram que Iohan estava em isolamento, com sintomas da Covid-19. No dia 2 de setembro, o resultado do exame deu negativo, mas o ex-gestor não se entregou à Justiça. A defesa alegou que ele estava doente e tinha recomendações médicas para continuar em isolamento até a "completa recuperação".
Subsecretário afastado de Administração Geral da Secretaria de Saúde do DF, Iohan Andrade Struck — Foto: TV Globo/Reprodução
Auditoria em contratos da Saúde
Na última sexta-feira (18), o Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do DF (Iges-DF), que cuida das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e dos hospitais de Base e de Santa Maria, anunciou a realização de uma auditoria em contratos que foram suspensos por suspeita de irregularidade, depois da operação Falso Negativo.
O objetivo é verificar se "foram respeitados os princípios da publicidade, da impessoalidade, da moralidade, da economicidade e da eficiência". Além disso, pretende analisar se "o julgamento das propostas foi feito de acordo com os critérios do edital, com julgamento objetivo, e igualdade entre todos os fornecedores".
A falta de igualdade entre os fornecedores é o centro da operação Falso Negativo. Segundo a denúncia do Ministério Público, a antiga cúpula da Secretaria de Saúde conduzia editais de contratação e acelerava processos para beneficiar as empresas vencedoras, que já tinham sido escolhidas antes.
Entre os contratos suspensos do Iges que vão passar por auditoria está o da compra de 250 mil testes rápidos sem licitação, de forma emergencial. A responsável por essa contratação foi Larissa Ferraz Struck, esposa de Iohan Struck. Ela era chefe de compras do Iges mas, depois das denúncias contra o marido, foi demitida do cargo.
Operação Falso Negativo
A operação Falso Negativo investiga supostas irregularidades em dois contratos para a compra de testes para detecção da Covid-19. Em 12 de setembro, o Ministério Público ofereceu denúncia contra 15 pessoas.
A Justiça também expediu mandados de prisão contra sete integrantes da cúpula da Secretaria de Saúde, apontados como responsáveis pela fraude.
Fonte: G1
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