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terça-feira, agosto 04, 2020

Hospital regional de Mossoró tem 30% dos leitos de UTI para Covid-19 bloqueados

A falta de técnicos de enfermagem fez com que 30% dos leitos de UTI para Covid-19 fossem bloqueados no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró. O problema vem acontecendo desde o dia 31 de julho, quando foram encerrados os contratos de 10 técnicos de enfermagem que prestavam serviço à unidade hospitalar. Com isso, as escalas ficaram desfalcadas.

Hospital regional de Mossoró tem 30% dos leitos de UTI para Covid-19 bloqueados
Isaiana Santos/Inter TV

Os leitos de UTI foram abertos em caráter emergencial através de um contrato do Governo do Estado com a Associação de Assistência e Proteção a Maternidade e a Infância de Mossoró (Apamim) para a convocação de enfermeiros e técnicos de enfermagem.

"No final de junho esse contrato foi restrito a 50%, porque começaram a chegar pessoas convocadas através de um processo seletivo feito pelo Estado. Agora, dia 31 de julho, os outros 50% de técnicos também encerraram os contratos. E alguns servidores contratados pelo processo seletivo também desistiram", explica a diretora do HRTM, Herbênia Ferreira.

Os leitos bloqueados, embora estejam equipados, não podem receber pacientes. Até as 19h desta terça-feira (4), segundo o portal Regula RN, o hospital continua com seis leitos nessa situação - número que corresponde a 30%. A taxa de ocupação chega a 85,7%, com 12 leitos ocupados, seis bloqueados e dois disponíveis. A unidade conta com 20 leitos de UTI específicos para o tratamento de pacientes com a Covid-19.

Diretora do HRTM, Herbênia Ferreira, fala das dificuldades para repor técnicos de enfermagem — Foto: Isaiana Santos/Inter TV
Diretora do HRTM, Herbênia Ferreira, fala das dificuldades para repor técnicos de enfermagem — Foto: Isaiana Santos/Inter TV

Segundo a direção, o hospital já tinha um déficit de servidores da saúde. Atualmente, o quadro de funcionários efetivos do HRTM é de 800 colaboradores. Com a pandemia, 110 servidores estão afastados por serem do grupo de risco, de atestado ou em teletrabalho. Ainda de acordo com a direção, seriam necessários cerca de 1.200 funcionários para dar suporte ao funcionamento de todos os setores.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde Pública informou que já encaminhou profissionais para substituírem os técnicos que tiveram os contratos encerrados. Entretanto, mais de 30 profissionais desistiram. A Sesap disse também que está realizando um novo levantamento para repor a equipe o mais rápido possível, mas não deu prazo.

Fonte: G1

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