O corpo carbonizado encontrado em um carro abandonado no dia 20 de julho, na Zona Sul de São Paulo, é da líder comunitária Vera Lúcia Santos, de 65 anos, que estava desaparecida desde o dia 16 de julho. A Polícia Civil investiga as causas da morte.
A página oficial da Associação Comunitária Auri Verde, a qual Vera Lúcia era diretora, publicou uma nota dizendo que entrará em luto por três dias. O enterro do corpo de Verá Lúcia será nesta sexta-feira (21) no cemitério Parque dos Girassóis.
Em nota publicada no site da associação, os familiares agradeceram o apoio de amigos. "'Agradecemos a todos aqueles que manifestaram sua sensibilidade para com família, amigos e colaboradores, nosso muito obrigada".
A Divisão de Homicídios do DHPP, responsável pelo caso, confirmou a identificação da vítima e o corpo foi liberado aos parentes, segundo nota da Secretaria da Segurança Pública.
Vera Lúcia Santos desapareceu na quinta-feira (16), quando saía de uma das seis creches públicas que sua instituição, a Auriverde, administra na região do Grajaú.
No dia 18 de julho, a polícia encontrou o carro dela e o DHPP iniciou investigação para tentar descobrir a identidade do corpo. No dia 20 de julho, a família de Vera Lúcia Santos espalhou cartazes na tentativa de conseguir informações sobre ela.
"Ela não demora a responder mensagens, não deixa de atender ligação, e nesse dia ela saiu para resolver questões administrativas e não atendeu o celular. A gente identificou que havia um problema e imediatamente iniciamos as buscas e comunicamos à polícia", disse Ricardo Rodrigues, filho de Vera.
Da Bahia, Vera Lúcia chegou a São Paulo há 45 anos para trabalhar como empregada doméstica. Na cidade, ela conheceu o trabalho voluntário e ajudou a fundar um movimento por moradia. Hoje, a ONG Auriverde administra seis creches e dois centros para adolescentes, em um trabalho comunitário que emprega 150 profissionais da área da educação e auxilia 1.500 estudantes.
"A gente tem um propósito de construir o futuro da comunidade, um a um. Foi a dona Vera que introduziu esse propósito, mas, como ela mesmo falava, é um trabalho de todo mundo", afirmou Edson Passos, outro filho de Vera.
Secretaria de Segurança Pública
O caso segue em investigação pela Divisão de Homicídios do DHPP, que realiza diligências para esclarecimento dos fatos. Após análises dos laudos, a autoridade policial confirmou a identificação da vítima. O corpo foi liberado aos parentes e a declaração de óbito emitida.
* Com supervisão de Cíntia Acayaba
Vera Lúcia, presidente da ONG Auriverde, no Grajaú, Zona Sul de São Paulo, está desaparecida — Foto: Reprodução/TV Globo
Fonte: G1
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