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quarta-feira, agosto 12, 2020

Bolsonaro passa por exames em São Paulo e visita filho recém-nascido de PM assassinado

 Após participar de solenidade da missão brasileira de ajuda ao Líbano, o presidente Jair Bolsonaro seguiu de helicóptero para o Hospital Vila Nova Star, na Vila Nova Conceição, Zona Sul da capital paulista. Segundo boletim médico divulgado pelo hospital no início da tarde desta quarta-feira (12), o presidente realizou exames de rotina e foi liberado. Os exames não estavam previstos em sua agenda oficial.


"O Hospital Vila Nova Star informa que o Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, passou por avaliação da equipe médica multiprofissional, está assintomático com exames laboratoriais e de imagem normais. Encontra-se liberado para manter suas atividades habituais", diz a nota.


A equipe é a mesma responsável pela cirurgia de correção de uma hérnia, realizada em setembro do ano passado. Na ocasião, os médicos implantaram uma tela de polipropileno para a correção da hérnia que se formou no abdome do presidente. O procedimento foi o quarto ao qual Bolsonaro se submeteu desde a facada sofrida por ele durante a campanha eleitoral de 2018.


Nasce filho de PM assassinado na véspera do Dia dos Pais em São Paulo — Foto: Reprodução/Facebook
Nasce filho de PM assassinado na véspera do Dia dos Pais em São Paulo — Foto: Reprodução/Facebook


Depois, Bolsonaro foi ao Hospital Santa Cruz, no Cambuci, também na Zona Sul da cidade, visitar o filho recém nascido de um policial militar morto na véspera do dia dos pais. No hospital, ele causou aglomeração.


Nesta terça (11), nasceu Samuel Victor, filho do policial militar Victor Rodrigues Pinto da Silva, assassinado no sábado (8). Outros dois PMs foram mortos na abordagem, Celso Ferreira de Menezes Júnior e José Valdir De Oliveira Júnior, que deixou a esposa grávida de gêmeos.


"Samuel Victor nasceu para acalmar o coração dos familiares nesse momento de dor. Seja bem-vindo, Samuel! Saiba que você é filho de um herói", disse a Polícia Militar.


Solenidade

Na manhã desta quarta-feira (12), uma comitiva chefiada pelo ex-presidente Michel Temer e composta por mais 12 integrantes partiu para levar alimentos, medicamentos e insumos básicos de saúde ao país do Oriente Médio.


A ajuda ocorre após uma forte explosão atingir a área do porto de Beirute, capital do Líbano, e deixar mais de 150 mortos e mais de 4 mil feridos no último dia 4. Uma onda de protestos teve início no país depois do incidente, o que que resultou na renúncia do primeiro-ministro, Hassan Diab, e da equipe de governo, nesta segunda-feira.


Bolsonaro desembarcou por volta de 9h na base aérea de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo.


Durante a cerimônia, que começou minutos após a chegada de Bolsonaro, o presidente ficou ao lado de Michel Temer, a quem ele agradeceu durante discurso por ter aceitado o convite. Bolsonaro, que usava máscara mas a retirou para discursar, também afirmou que a missão marca a aproximação entre Brasil e Líbano, países que, segundo ele, "não abrem mão de democracia e liberdade".


"Esse ato simbólico, mas que vem do fundo do coração de todo povo brasileiro nos honra. O mundo atravessa uma pandemia, todos nós sofremos por isso. Quis o destino, lamentavelmente, que os nossos irmãos do Líbano também fossem acometidos também por esse desastre. O que nós podemos oferecer, em grande parte, vindo da comunidade libanesa é do coração", disse Bolsonaro.

Dois aviões e 30 horas de viagem

A previsão é que a viagem dos brasileiros dure cerca de 30 horas. Dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) seguirão para Beirute. Um deles vai levar a comitiva, e o outro carregará seis toneladas de alimentos, medicamentos e insumos hospitalares, incluindo corticoides, antibióticos, 100 mil máscaras cirúrgicas e respiradores mecânicos.


As aeronaves farão três paradas técnicas: a primeira será em Fortaleza (CE); a segunda, na Ilha do Sal, na África; por último, em Valência, na Espanha, de onde partirá para Beirute.


Missão com 13 integrantes

De acordo com publicação em edição extra do "Diário Oficial da União" da última segunda-feira (10), a missão começa nesta quarta-feira e segue até o próximo sábado (15), podendo ser prorrogada a permanência das autoridades brasileiras, se necessário.


O nome de Michel Temer como chefe da delegação foi anunciado por Bolsonaro no domingo, mesmo dia em que ele divulgou a missão oficial. Réu em duas ações da operação Lava Jato, o ex-presidente precisou de autorização da Justiça Federal do Rio para deixar o país. O aval foi concedido na segunda, graças à "natureza humanitária da missão oficial" para qual Temer foi designado.


A comitiva é composta por 13 integrantes:


Michel Temer, ex-presidente da República;

Nelsinho Trad (PSD-MS), senador;

Luiz Osvaldo Pastore (MDB-ES), senador;

Flávio Augusto Viana Rocha, secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República;

Kenneth Félix Haczynski da Nóbrega, secretário de Negociações Bilaterais no Oriente Médio, Europa e África do Ministério das Relações Exteriores;

Carlos Augusto Fecury Sydrião Ferreira, representante do Exército Brasileiro;

Paulo Antônio Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e de ascendência libanesa;

Elson Mouco Junior, publicitário do MDB e ex-assessor de Temer;

Michael Pereira Flores;

Ronaldo da Silva Fernandes;

Luciano Ferreira da Sousa;

Sebastião Ruiz Silveira Junior;

Marcelo Ribeiro Haddad.


Fonte: G1

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