A Shenzhen Kangtai Biological Products produzirá a potencial vacina para Covid-19 da AstraZeneca na China continental, afirmou a farmacêutica britânica, nesta quinta-feira (6). Esse é o seu 1º acordo para abastecer um dos países mais populosos do mundo.
Vacina em teste contra Covid — Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo
O acordo sublinha a posição avançada da AstraZeneca na corrida mundial por uma vacina eficiente, uma vez que empresas chinesas estão liderando pelo menos oito dos 26 projetos de desenvolvimento de vacina que atualmente estão testando em humanos ao redor do globo.
Sob o acordo, a Shenzhen Kangtai, uma das maiores fabricantes de vacinas da China, garante que terá capacidade anual de produzir pelo menos 100 milhões de doses da vacina experimental AZD1222, que a AstraZeneca desenvolveu ao lado de pesquisadores da Universidade de Oxford, até o fim do ano.
A empresa de Shenzhen precisa ter capacidade de produzir pelo menos 200 milhões de doses até o fim do próximo ano, como parte dos parâmetros do acordo de exclusividade, disse seu comunicado na rede social chinesa WeChat.
As duas empresas também explorarão a possibilidade de cooperar em relação à candidata à vacina em outros mercados, disse a AstraZeneca.
Elas não responderam ao pedido por mais comentários.
Não há vacinas aprovadas para Covid-19, doença respiratória altamente contagiosa causada pelo coronavírus.
A AstraZeneca assinou acordos de manufatura mundiais, incluindo nos Estados Unidos, Reino Unido, Coreia do Sul e Brasil, com o objetivo de fazer mais de 2 bilhões de doses da vacina. A potencial vacina também está sendo testada no Brasil, em estudo liderado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Para a China, trata-se de mais um acordo importante para assegurar o acesso à vacina de Covid-19 desenvolvida por uma empresa estrangeira, enquanto outras potenciais candidatas do país, ainda sob desenvolvimento, entram nos estágios finais de testes em seres humanos.
Outras colaborações entre chineses e o Ocidente incluem uma ligação entre a alemã BioNTech e a Fosun, e outra entre a Inovio Pharma e a Beijing Advaccine Biotechnology.
A disputa por tratamentos e vacinas para frear a pandemia impulsionou as ações de empresas farmacêuticas ao redor do mundo, especialmente as chinesas.
Fonte: G1
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