Depois que um aluno do curso de formação de sargentos da Polícia Militar do Rio Grande do Norte morreu, nessa quarta-feira (19), com suspeitas de Covid-19, entidades que representam policiais cobraram medidas de segurança nas avaliações presenciais.
Curso de formação para sargento da Polícia Militar do Rio Grande do Norte — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
O cabo Samuel Victorino de Lima, de 45 anos, passou mal durante uma instrução de educação física, na sexta-feira passada, e foi direto para um hospital particular de Natal. Com o pulmão comprometido, ele não resistiu.
De acordo com as associações, o curso reúne 840 alunos. As estidades se dizem preocupadas com o contágio do novo coronavírus entre esses policiais que estão se capacitando para serem promovidos.
“Não somos contra a suspensão do curso, mas já que foi decidido que teriam avaliações presenciais é preciso que sejam tomadas medidas de segurança. Tem que testar os alunos e garantir o distanciamento entre eles nas atividades”, disse o sargento Marcos Sousa, presidente da Associação de Praças da PM e do Corpo de Bombeiros no Seridó.
O cabo Victorino entrou na PM em 2004 e foi promovido a cabo em 2016. Atualmente era cerimonialista e trabalhava na comunicação da corporação.
Em nota, a Polícia Militar destacou que o cabo tinha a "voz grave da polícia militar”, marcante nas locuções e solenidades oficiais. O comunicado também destacou que o policial deixou esposa e dois filhos.
Sobre a cobrança das associações por medidas de segurança contra o novo coronavírus no curso de formação, a PM informou que a resposta deve vir do comandante geral, o coronel Alarico Azevedo, que viajou nesta quinta para o interior. Ele acompanhará a visita do presidente da República a Mossoró, marcada para esta sexta (21).
Fonte: G1
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